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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O fim do livro impresso?

A cada surgimento de uma nova tecnologia especula-se o fim de outra. Assim foi com o rádio, quando a televisão surgiu. O mesmo aconteceu com o jornal com o advento da internet , quando sentenciou-se a redução, e mesmo o fim do impresso. Profetizações à parte o certo é que o livro impresso está vivo e não dá sinais de debilidade.
É o que acredita Télcio Brezolin, um dos coordenadores da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (CESMA). “A cada boato que escuto que o livro possa acabar sempre digo que se a pessoa conseguir ler Os Irmãos Karamazov (obra-prima russa de quase mil páginas) na tela de um computador, então realmente vou acreditar que livro eletrônico possa ter espaço”, dispara Brezolin.
Com uma média de 24 livros publicados por ano, a editora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) há quase três décadas publica trabalhos nas mais variadas áreas. Para o professor e diretor da editora, Honório Rosa Nascimento não há porquê mudar a linha de conduta da editora e tentar adequar-se à exigências que convirjam com textos eletrônicos. “A realidade de nosso país não é a mesma de países do hemisfério norte. Por aqui somos incipientes em quase tudo. Mas no caso do livro eletrônico será uma experiência sem êxito. A magia do livro está no seu manuseio, algo que palms e um computador não oferecem”, sentencia Nascimento.
Independente da leitura do livro ser impresso ou eletrônico, o que está em questão é o hábito de desenvolver o apreço pela leitura. Assim pensa a professora do curso de Letras, Valeria Iensen Bortoluzzi. “O livro não vai acabar nunca. Quem não lê obras impressas não lê também eletrônicas”, avalia Valéria. A professora vai além ao dizer que o êxito da experiência do livro eletrônico está em sua funcionalidade e capacidade de ser atrativo ao fazer uso destes novos aparatos tecnológicos. “O sucesso ou não está na habilidade que o eletrônico possa exigir. Até por que qualquer elemento que seja capaz de transmitir algum tipo de mensagem é considerado texto , revela a professora. Ao montar estratégias para leitura de livros o impresso ainda é o melhor caminho. Essa é outra vantagem do impresso para a professora Valéria. “A tendência continua sendo o livro impresso. Os equipamentos são mais acessíveis, mais baratos e práticos, mas não há nada mais portátil do que o livro, mais interativo, mais coerente”, ressalta Valéria.


“Um país se faz com homens e livros”

A célebre frase de Monteiro Lobato, maior escritor infantil do Brasil retrata bem a importância da leitura para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa. A epígrafe não condiz com a realidade do país. Hoje, o país conta com cerca de 5 mil bibliotecas registradas,mas há de se perguntar se com a possibilidade de disponibilizar textos via cópia eletrônica que já tenham caído em domínio através de formatos ASCII (codificação de caracteres) e PDF (formato de arquivo universal) possa acontecer a ampliação da base de leitores de textos eletrônicos através do barateamento de dispositivos tecnológicos como ipods, smart phones, palms. Não é bem assim. Brezolin lembra que de nada adianta meios de facilitar o acesso a obras se não há incutido nas pessoas o costume de ler. “Tudo passa pelo gosto de ler. Essas tecnologias podem ajudar, mas duvido que quem goste de ler, vá se agradar em ler na tela do computador”, acredita Brezolin.
Se tratando de livros há espaço para todos – desde os compatíveis com bolso, para uma leitura a qualquer momento, na cabeceira da cama até aos mais modernos que queiram aguardar na fila do aeroporto ou no trânsito caótico fazendo leitura na tela de um smart phone.

Um comentário:

EU PENSO ASSIM disse...

QUEM DIZ QUE O LIVRO IMPRESSO VAI ACABAR É IMBECIL. COMPREI UM KINDLE, PARA LeR WEB LIVROS E JÁ JOGUEI FORA. LEVEI-O DE FÉRIAS PARA A PRAIA. A TELA REFLETE O SOL E VOCÊ FICA CEGO, NÃO LÊ NADA. A BATERIA ACABA EM MUITO POUCO TEMPO E SE ENCHEU DE AREIA E ESTRAGOU. MANDEI CONSERTAR, O QUE FICOU MUITO CARO. MOLHOU NUM DIA E CHUVA FINA E SE ESTRAGOU OUTRA VEZ. JOGUEI NUMA LIXEIRA.