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sábado, 4 de outubro de 2008

A pomada contra o câncer

No interior de São Paulo cientistas desenvolveram uma pomada que elimina tumores de câncer de pele em menos de um mês. O produto está em fase de testes.
Nos Estados Unidos, Europa e em alguns centros brasileiros já é utilizada a pomada, no entanto, cientistas de Ribeirão Preto conseguiram desenvolver um creme que elimina o tumor em um tempo mais curto; leva entre uma semana e 21 dias para sumir, pois a pomada penetra nas camadas mais profundas da pele.
Para agir, o creme deve ficar na pele por até seis horas; depois é feita uma radiação com luz, que ativa o medicamento e desencadeia o processo para matar o câncer. "Quando recebe a luz, o princípio ativo da pomada produz radicais livres sobre a lesão, no caso o câncer. Em última instância, isso é que faz com que o câncer desapareça.", explica Cristian Soares, Físico Médico.
Isso foi possível graças à nanotecnologia, processo que trabalha com partículas 70 milhões de vezes menores do que um fio de cabelo. O objetivo da nanotecnologia é o de criar novos materiais e desenvolver novos produtos e processos baseados na crescente capacidade da tecnologia moderna de ver e manipular átomos e moléculas. “Os países desenvolvidos investem muito dinheiro nesta ciência a qual não é uma tecnologia específica mas todo um conjunto de técnicas, baseadas na Física, Química, Matemática, na Computação e na Engenharia de Materiais, que visam a estender a capacidade humana de manipular a matéria até os limites do átomo”, afirma Soares.
Com a pomada, o tratamento é direcionado somente para a região afetada, assim evita lesar tecidos sadios ao redor da doença, mas não é descartado o uso das outras formas de tratamento mencionadas, não sendo eficaz contra melanomas, a forma mais grave da doença e que representa 10% dos casos de câncer de pele. “A pomada não tira o lugar da cirurgia, da radioterapia ou da quimioterapia. É uma opção de terapia, que pode estar ajudando os tratamentos tradicionais.", afirma o dermatologista Lauro Sanchez.
Em oito anos, 400 pessoas já foram tratadas em hospitais de São Paulo e Brasília. Em 95% dos casos, o câncer de pele foi completamente eliminado. Além da eficácia e da rapidez, uma vantagem da terapia é que ela não deixa cicatrizes. Essa nova forma de tratamento alternativo com o auxílio da nanociência é um grande passo para o combate ao câncer, visto que antes do desenvolvimento da pomada, os tratamentos eram somente feitos via radioterapia ou quimioterapia, envolvendo grandes quantidades de radiação recebida pelos pacientes tratados.

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