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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Cavalos Crioulos podem adoecer em competições

Engana-se quem pensa que o único problema que um cavalo, aparentemente saudável, pode enfrentar em uma prova de rédeas é o desgaste físico.
Problemas relacionados aos músculos e ossos ocupam o primeiro lugar em patologias desenvolvidas, porém, um estudo pioneiro realizado na Universidade Federal de Santa Maria, mostra que doenças relacionadas à respiração ocupam o segundo lugar no ranking do que pode ser contraído por estes animais.
“É mais difícil observar se o animal está ou não doente, pois a evidência mais palpável é a queda no desempenho do animal”, afirma o pesquisador Henrique de Abreu.
A raça de cavalos chamada de Crioula, é descendente direta dos primeiros cavalos trazidos para a América Latina pelos espanhóis e, atualmente conta com mais de 84 mil animais registrados na ABCCC (
Associação Brasileira de Cavalos Crioulos).
Valorização do Cavalo Crioulo
Dentre os motivos que atribuem destaque à este tipo de cavalo, encontra-se o Freio de Ouro, evento realizado desde 1982 e atualmente inserido na Expointer, colaborando na movimentação de mais de R$55 milhões em negócios.
De uns tempos para cá, o cavalo crioulo vêm sendo muito valorizado, então estudos acerca de seu desenvolvimento são interessantes para que os criadores não percam dinheiro na hora de investir no preparo dos animais”, declara Henrique.
Nas eliminatórias e finais do Freio de Ouro, os eqüinos são pontuados e classificados seguindo dois critérios básicos: a morfologia e a função.
A morfologia baseia-se na estrutura do cavalo, que deve seguir um padrão e a função é compreendida por doma, explosão muscular e resistência durante as provas.
E, na tentativa de conseguir uma boa colocação e elevar o valor do animal, os criadores podem prejudicar a saúde dos cavalos.
Muitas vezes, o que ocorre é que o criador para garantir notas altas na morfologia engorda o animal, fator que pode estar associado à lentidão, influenciando assim as provas de função”, acrescenta João Garibaldi, doutorando em Agronegócios pela UFRGS. Abreu destaca ainda, que muitas vezes os proprietários dos cavalos desconhecem os motivos que podem estar afetando os objetivos almejados.
Freqüência de Patologias Respiratórias em Eqüinos Crioulos em Competições
A partir da comprovação de que patologias que envolvem o sistema respiratório ocupam o segundo lugar nas causas mais comuns de limitação e queda no desempenho atlético dos eqüinos, sabe-se que detectar e tratar estes animais o mais cedo possível são essenciais para o retorno das atividades comuns aos cavalos atletas.Então, com a ajuda de um endoscópio (instrumento que permite a análise de cavidades internas do corpo), pode-se observar através das vias aéreas a freqüência de doenças ligadas ao aparelho respiratório. No decorrer dos anos de 2007 e 2008, foram analisados 32 cavalos da Raça Crioula que estavam participando das credenciadoras e classificatórias ao Freio de Ouro 2008, com um tempo máximo de 90 minutos após as provas e assegurando que estes animais, com idades variadas de 4 à 10 anos, passaram por atividades físicas semelhantes.

Pesquisador encontra dificuldade em levantar dados
O realizador destes estudos, Henrique de Abreu, reclama a falta de cooperação por parte dos criadores e tratadores dos animais. Uma vez que os exames não são obrigatórios, requerem a colaboração dos responsáveis pelos animais, no registro dos dados.
Por mim, realizaria os exames em mais de 1000 cavalos, só que os tratadores tinham medo que eu achasse alguma anormalidade e eles fossem demitidos”, evidenciou Abreu que conseguiu efetuar os estudos em apenas 32 cavalos.
Por Bárbara Henriques

3 comentários:

Unknown disse...

Achei uma ótima ideia divulgar os trabalhos científicos de uma maneira e linguagem mais acessível ao público em geral. Parabéns aos idealizadores à amiga Bárbara pela iniciativa!!!!! Abraço, Henrique C. de Abreu.

Blog disse...

Nós que agradecemos a visita e o apoio. Volte sempre!

Unknown disse...

Sou hipertenso e desejo saber se mesmo tomando os seguintes medicamentos diariamente eu posso tomar Vinho: ATENOLOL de 50mg - AMIORON (Cloridrato de amiodarona) de 200mg - ONLODIPINO (basilato de anlodipino) de 5mg e SOMALGIN CARDIO (ácido acetilsalicilico) 100mg.
Muito grato pela atanção, Santos.