
Em entrevista à revista Ciência Hoje, Talmy defende que atsugewi nada mais é do que uma língua quase desconhecida, e assim como qualquer idioma não fluente, pode ser estudado e aprendido. Para entender melhor, basta comparar a aprendizagem do alemão, por exemplo, para quem só fala português. As dificuldades irão existir, mas não é um aprendizado impossível.
Professor emérito da Universidade Estadual de Nova York, Talmy conta que o mais curioso é como as palavras se apresentam em atsugewi. “Um verbo ‘gigante’ pode ser equivalente a uma frase inteira de médio porte em uma língua européia”, comenta o pesquisador. O termo “st’oq”, por exemplo, significa material nojento se movendo ou parado (que poderia ser exemplificado como lama, tomate podre ou vísceras).
A complexidade nascida de pequenos morfemas (a menor unidade linguística que tem significado) e suas variações é como “uma avenida para o funcionamento da mente”. Pensar na mente e sua capacidade de diferenças, como a língua, “é como desvendar parte dos mistérios do cosmo”, reflete Talmy.
Foto: Revista Ciência Hoje
por Djuline Seiffert e Willian Correia
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