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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Influenza A em Santa Maria

Pouco mais de duas semanas que se noticiou a epidemia da nova gripe, o Influenza A (H1N1), o alarme soou no mundo todo. Cada país procurou uma forma de monitorar quem possivelmente possa ter contraído o vírus. Uma série de protocolos está sendo seguida para se evitar uma pandemia.
Em Santa Maria não é diferente. Conforme o Dr. José Farret, Secretário da Saúde do Município de Santa Maria, o Influenza A não é motivo para preocupação pelas pessoas na cidade. Mesmo assim, a Secretaria tem se preparado para o possível alastre da doença. “Nós já solicitamos (materiais) e estamos preparados para isso. Compramos mais de mil máscaras”, argumenta Farret.
Em casos de suspeitas de contaminação, a cidade conta com o Hospital Universitário, no qual é referência em isolamento de doenças epidemiológicas. “Dispomos de leitos de isolamento com equipes bastante capacitadas para essa situação”, conta a médica infectologista Clarissa do Amaral.
Não há vacinas ainda para a doença, e as já existentes também não ajudam no combate ao vírus no sistema imunológico. Clarissa alerta para os riscos de automedicação preventiva: “Se houver a contaminação do paciente, o antibiótico não serve para prevenção, somente para tratamento. Ele não é como uma vacina que deve ser tomada antes. Se confirmada a contaminação, nós usamos o medicamento Oseltamivir, que é o único com alguma ação, e deve ser usado até 48 horas depois do início da transmissão para um melhor resultado.”
Nos Estados Unidos, a propensão de contaminação da doença é na faixa etária de 25 a 44 anos. De acordo com a infectologista, é a faixa mais contaminada por corresponder à fatia da população mais ativa do país. “Se ocorresse um surto aqui no Brasil, provavelmente essa faixa etária também se aplicaria por aqui, pelos mesmos motivos - de ser a população mais ativa, que viaja mais, e entra mais em contato com outras pessoas. Isso não acontece tanto com os idosos. Essa gripe é altamente transmissível”, explica ela.

E o consumo de carne suína?

Ao contrário dos EUA onde o consumo de carne suína reduziu, no Brasil, tanto o consumo interno quanto o externo mantém o mesmo padrão. Segundo o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o mercado do setor de carnes não foi afetado pela Influenza A. Contudo, em Santa Maria, enquanto um hipermercado da cidade diz não ter sofrido queda nas vendas do produto, outro afirma que houve uma redução de aproximadamente 30% no fornecimento da carne suína. Mesmo fazendo desconto de até R$3,00 no preço do quilo, não houve procura. De acordo com uma funcionária do setor de açougue do hipermercado, pessoas na faixa etária de 50 anos para cima são os que deixaram de consumir carne suína. Ao explicar a eles que a carne não transmite a doença, eles respondem que “o seguro morreu de velho”.

Por Flavia Alli, Neli Mombelli e Pricila Lameira

Um comentário:

HISTÓRIA UNIFRA disse...

O Influenza A (H1N1)
O mundo todo está preocupado com a gripe, mas esta preocupação tem que ser principalmente das autoridades mundiais, porque com certeza a gripe irá se alastrar por todos os cantos. Santa Maria já está preparada, mas o quanto? Por ser altamente transmissível todo o cuidado e precaução serão primordiais quando nos depararmos com este problemão.