Recentemente, o Ministério da Saúde aprovou um orçamento de R$ 13 milhões em três anos para a pesquisa das células-tronco da qual participam alguns grandes hospitais brasileiros como o Instituto do Coração - SP, Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras - RJ, entre outros. A sociedade científica comemora.
As células tronco são também conhecidas como células mãe e são aquelas que possuem a melhor capacidade de se dividir, dando origem a células semelhantes às progenitoras. Essas células recuperaram tecidos danificados por doenças ou traumas, sendo encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como cordão umbilical , na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.
No Brasil, os tratamentos com células-tronco são feitos apenas em grandes centros de pesquisa, como os grandes hospitais e somente para pacientes que assinam um termo de consentimento e concordam em participar desses estudos clínicos (lei da biosegurança). O país é um dos aproximadamente 17 que investe em pesquisas com células tronco. O número de países que fica atrás é pequeno, Lituânia, Áustria, Irlanda e Itália, e em todos esses casos, a proibição teve um viés religioso marcante, pois entra em questão o uso do embrião, a vida para a igreja católica.
Nos Estados Unidos, um grande impulsionador nas pesquisas de células tronco Christopher Reeves, o "Super Homem", após a queda de um cavalo ficou tetraplégico, mas mesmo com grandes aparatos tecnológicos ele não conseguiu recuperar seu movimentos. O mesmo não aconteceu com dois gatinhos no Estado da Bahia, Digo e Lola, que eram paraplégicos e conseguiram recuperar seus movimentos. O tratamento foi feito à base de células tronco retiradas da medula óssea perto da região da bacia, após 15 dias cultivadas em laboratório elas foram novamente implantadas na espinha dos gatos, área lesionada, o resultado foi excelente. A pesquisa teve a participação de professores da escola de medicina veterinária da Universidade Federal da Bahia, em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz. Digo que fez o tratamento há um mês já consegue realizar alguns movimentos curtos. Já Lola que realizou o procedimento há 15 dias, ainda tenta firmar suas patinhas traseiras.
Pesquisadores ainda não encontraram respostas para dizer porquê alguns animais tem mais capacidade de regeneração do que outros. Eles constataram apenas que essa capacidade aumenta ou diminui dependendo da complexibilidade de cada organismo. Por algum motivo na distribuição da genética de cada animal, uns possuem carga positiva para regeneração e outros não.
A questão é polêmica e complexa. Sabe-se apenas que a regeneração é uma propriedade fundamental que permite aos seres humanos e animais a capacidade de sobreviver a muitos tipos de "agressões", mas que não está presente em todos indivíduos da mesma maneira.
Cabe tentar descobrir novos processos.A Hydra, por exemplo, um pequeno pólipo, parente das águas-vivas, nunca envelhece. Ela tem constantemente renovada as células de seu corpo e não morre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário