De volta a Santa Maria, caminhando em um parque localizado na região central da cidade, pude notar que a maioria dos meus conterrâneos ainda não evoluiu neste quesito. Resultado: encurtei meu passeio, voltei para casa indignada e com o tênis sujo. Por isso, convido a todos para abraçar esta campanha. Recolha a sujeira que seu cachorrinho deixa na rua! Não sou contra animais. Bem pelo contrário, tenho três cachorros e sou totalmente a favor do passeio pelas ruas e calçadas da cidade. Porém, a responsabilidade pelos dejetos dos nossos animaizinhos é de cada um de nós. Recolha a sujeira, coloque em um lixo mais próximo e mantenha a cidade limpa e perfumada! Isso também é consciência ambiental.
Blog voltado ao ensino do jornalismo científico e à reflexão sobre a popularização da ciência.
Pesquisar este blog
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Comportamento: recolha a sujeira do seu bichinho
De volta a Santa Maria, caminhando em um parque localizado na região central da cidade, pude notar que a maioria dos meus conterrâneos ainda não evoluiu neste quesito. Resultado: encurtei meu passeio, voltei para casa indignada e com o tênis sujo. Por isso, convido a todos para abraçar esta campanha. Recolha a sujeira que seu cachorrinho deixa na rua! Não sou contra animais. Bem pelo contrário, tenho três cachorros e sou totalmente a favor do passeio pelas ruas e calçadas da cidade. Porém, a responsabilidade pelos dejetos dos nossos animaizinhos é de cada um de nós. Recolha a sujeira, coloque em um lixo mais próximo e mantenha a cidade limpa e perfumada! Isso também é consciência ambiental.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Descobertos novos planetas
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Ciência, Tecnologia e Inovação em Telejornalismo
Entre os objetivos da investigação estavam a linguagem, conteúdo, formato, recursos empregados, o espaço que a CT&I ocupam nos noticiários em relação a outras informações, as relações entre as fontes utilizadas, entre outros. A investigação se deu a partir da metodologia da análise de discurso, estudos de recepção, e grupos focais.
O resultado da pesquisa mostrou que os jornais apresentam notícia de CT&I, mas que elas não são freqüentes. Possuem em alguns casos influências das assessorias de comunicação de organizações de ciência .
A pesquisadora apresenta alguns aspectos positivos e outros negativos das coberturas sobre CT&I. Alguns dos aspectos positivos são contextualização social da pesquisa, relevância da pesquisa, demonstração dos trabalhos dos cientistas nos laboratórios, relacionar a tecnologia à vida das pessoas, etc. E alguns aspectos negativos como: usos de termos vagos e imprecisos, ausência de imagens, falta de contextualização do assunto, excesso de dados e números, uso de linguagem técnica, matérias que não fornecem a origem institucional da pesquisa.
Mais informações sobre a pesquisa aqui.
O Primeiro Supersônico
Terminada a II Guerra Mundial o mundo estava dividido entre dois blocos, o capitalista comandado pelos Estados Unidos e o comunista dirigido pela então União Soviética. Fazendo proveito dos variados experimentos realizados pelos nazistas, estes dois países desenvolveram uma verdadeira corrida tecnológica sem precedentes. Os americanos ficaram com a maior parte dos cientistas alemães enquanto os soviéticos colocaram as mãos em grande parte dos materiais nazistas apreendidos.
Num ritmo frenético os americanos começaram as pesquisas com o objetivo de ultrapassar a barreira do som. Foram reunidos na base aérea de Muroc na Califórnia os melhores pilotos de testes , junto com projetistas de várias empresas aeroespaciais.
A velocidade do som atingida por uma aeronave à
O X-1 era um avião muito pequeno movido por motores foguete, media
Vários pilotos perderam a vida tentando ultrapassar a barreira do som dentro do Bell x-1. Homens totalmente desprovidos de tecnologia e contando apenas com sua coragem, lançaram-se ao desconhecido na busca de respostas que nem a ciência da época estava capacitada a responder. Mísseis nazistas V-2 que eram lançados da França em direção à Londres durante a 2ª Guerra Mundial atingiam cerca de 5 vezes a velocidade do som, mas nunca com uma pessoa dentro. Até 1947 não se sabia os efeitos que o fenômeno supersônico causaria ao corpo humano.
Antes de seu vôo histórico, Chuck Yeager resolveu fazer uma homenagem a sua mulher, batizando seu Bell X-1 com a inscrição “Glamorous Glennis”(Glamorosa Glennis). Uma vez lançado o X-1 de “Chuck” sobe como uma bala em busca do seu objetivo. Minutos após o lançamento, o pessoal de terra escuta um forte estrondo no céu, todos pensaram que fosse o avião de Chuck que tinha explodido, não era. Com tamanha pressão sofrida pelo X-1 na hora de atingir Mach1, aliado ao deslocamento de ar que cria uma verdadeira "muralha" no céu, um som é ouvido no solo, alguns o chamam de “Estrondo Sônico”.
Este acontecimento é considerado um dos maiores feitos da história da humanidade. Os cientistas tiveram provas que pilotos podem suportar altas velocidades, dando assim o ponta pé inicial à era espacial . Tomando como exemplo o vôo de Chuck , cápsulas tripuladas em foguetes em direção ao espaço foram pensadas, o que era impensável antes de 1947. Já Chuck Yeager não parou por aí, bateu vários recordes e só de aposentou durante a década de 80 como general, escrevendo assim o seu nome entre os maiores aviadores que o mundo já conheceu.
Momento onde Chuck Yeager ultrapassa a barreira do som imortalizado no filme "Os Eleitos, onde o futuro começa"(the right stuff) de 1983.
Mateus Martins
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Sensibilidade para consumir
As políticas públicas estão fazendo a sua parte no sentido de educar a população. A seleta coletiva é importante, mas todos os tipos de lixo ainda vão para o mesmo lugar? As empresas estão aderindo a política do verde, imprimindo seus panfletos em papel ecologicamente recicláveis e apoiando projetos de reflorestamento.
A sociedade, o poder público e as instituições querem mostrar atitudes ecologicamente corretas e ter atitudes sustentáveis, mas o capitalismo sempre fala mais alto. É impossível deixar de consumir. Então, quais seriam as "soluções" para os problemas ambientais?
Reduzir, reutilizar e reciclar. De nada adianta inventar novos produtos e não investir em novas alternativas para o reaproveitamento ou no tratamento de aterros ou lixões a céu aberto. São diversos os impactos ambientais que seriam evitados se esta alternativa fosse realmente pensada e aplicada no dia-a-dia. Ainda que existam pessoas que sobrevivam do lixo, a educação seria capaz de favorecê-los na mesma medida. Ou seja, toda a sociedade deve ter consciência de que consumir é uma necessidade e o modelo de consumo deve ser repensado.
As principais mudanças devem acontecer no comportamento das pessoas. O consumo consciente não é uma questão de conceito ou ideologia, mas uma atitude pela preservação do meio ambiente. O modo de vida, os valores e a sensibilidade do poder educativo pode mobilizar as pessoas, em um primeiro momento, para um posicionamento positivo para pensar e agir de forma ecológica. Assim, o processo de conscientização só tende e evoluir. Segundo o ecologista Marcelo Pelizzoli "o segundo nível deve ser a consciência crítica e a sensibilidade, para então contemplar o terceiro: o agir local para melhorar. Isso inclui uma educação relacional, emocional, afetiva, de valores".
Planeta Sustentável
Plantar ideias
Se Santa Maria fosse uma cidade mais arborizada, a qualidade do ar e da água seriam melhoradas de maneira significativa.
Novas formas de combate a depressão
YouTube também é cultura
Apesar de os vídeos mais vistos do site trazerem a “estética do grotesco”, ou seja, situações absurdas, como a famosa “Dança do Quadrado”, o pesquisador lembra que esses conteúdos exemplificam a maior liberdade de publicação propiciada pela web. Assim, materiais de caráter político que mostrem bastidores e denúncias poderão ser também podem ser disponibilizados sem o limite típico dos meios de comunicação em geral.
Sobre a utilização do canal de vídeos como ferramenta de ensino, Serrano levanta a possibilidade da postagem de vídeos gravados de videoconferências ou palestras, como a ministrada por Lúcia Santaella no III Congresso Internacional de Semiótica na UFES. Além destes, também podemos encontrar vídeos explicativos, que vão desde dicas culinárias a origamis.
Mas não apenas nos vídeos que Serrano aponta a possibilidade de gerar conhecimento. No site, são disponibilizados espaços para postagem de comentários sobre o filme em questão. Os visitantes podem discutir e complementar o vídeo e os comentários feitos pelos outros usuários, formando assim um conhecimento coletivo.
O compartilhamento de interesses e conhecimentos tem a única fronteira do interesse pessoal nos conteúdos. Cada internauta tem a liberdade de filtrar o dilúvio informacional, de acordo com seus próprios critérios e interesses. Qualquer conteúdo audiovisual encontra nesse site um suporte digital eficiente e gratuito.
A liberdade dos jovens quanto ao uso da internet
Com pais exigentes há cuidados restritos ao uso da tecnologia, a comerciante, Simone Lopes, 38 anos, que tem uma filha de 12 anos conta que observa sempre sites que a filha Amanda navega. “Cuido exatamente tudo, não podemos duvidar de nada, sempre estamos desconfiados, o abuso sexual infantil esta solto pela internet e não podemos relaxar nos cuidados, hoje não estamos livres de nada”, relatou Simone.
Alguns anos atrás as brincadeiras e diversões das crianças e pré-adolescentes eram outras. Bonecas, jogos educativos, carrinhos, até na rua havia movimento da criançada. O estudante Roberto Almeida, 17 anos, explica que quando era mais novo, tinha muito incentivo dos pais pelo não uso da internet. “Meus pais me presenteavam com muitos livros, jogos, para que eu não utilizasse a internet, mas hoje, não têm como, preciso para trabalhos escolares e até mesmo diversão, os tempos mudaram.”, esclarece Almeida.
Orkut, MSN, Twitter, Youtube, são os mais procurados pelos jovens, são poucos os que não possuem uma página na internet. A estudante Laura Menezes, 15 anos, comenta que não gosta desta modernidade. “Não há mais almoço ou jantar com a família, no fim as pessoas passam tanto tempo na frente do computador que não aproveitam mais nada, acesso apenas meu e-mail e quando preciso pesquisar algo para a escola, de resto não me faz falta.”, diz Laura.
Talvez o uso ta internet seja uma polêmica em algumas casas, mas usada com moderação e com cuidado, não há problemas de navegar por ela. “Os pais são responsáveis pelos menores de idade, já os maiores de dezoito anos sabem até onde podem ir”, explica o psicólogo Cleuber Rodrigo do Amarante. O psicólogo Amarante ainda conclui que: “As pessoas sabem os perigos que a internet trás, o fato é utilizar sites confiáveis e não fazer dela a única atividade da vida”.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Relações on line e o mundo real
Com medo de ceder aos apelos da modernidade e da exposição excessiva de pessoas da família, como a filha, a estudante de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá, em Juiz de Fora, Herlaine Romão resistiu bastante até decidir ter uma página em um site de relacionamentos. Os colegas e amigos até brincavam dizendo que ela não existia. " Estes sites deixam as relações menos humanas, nada como uma conversa face a face, mas em contrapartida possibilita reencontros que a distância não permitiria", reconhece Herlaine. Ela pretende ensinar para a filha os mesmos valores aprendidos com a família como ter respeito e ser honesto.
Um mês estagiando longe da mãe e das irmãs fez com que estudante de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano ( UNIFRA), Natalia Paraiba Nunes, visse que todos os valores que a sua família passou são importantes. " Senti muita falta da minha família, meu namorado, amigos, e do feijão da mamãe", confessa Natalia.
Independente do que cada um pensa sobre os relacionamentos virtuais, é no ambiente familiar que se aprende o que é certo ou errado. E é para lá que corremos quando a vida nos põe a prova.
Internet e a terceira idade
Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: os novatos e os experientes na internet. Depois dos primeiros contatos com o computador, uma ressonância magnética realizada nos idosos, mostrou que a atividade nas áreas cerebrais que controlam a linguagem, a leitura, a memória e a capacidade visual são ativas nos dois grupos. Mas os idosos experientes na internet trabalharam uma área do cérebro muito mais extensa do que a dos novatos.
Depois de um tempo de pesquisas, onde os idosos permaneceram acessando a internet uma hora por dia, novos exames foram realizados, e mostraram que além de toda a área que já tinha sido ativada nos primeiros testes, os novatos também trabalharam a parte frontal do cérebro, uma região que controla a memória e a tomada de decisões.
Os pesquisadores concluíram que a internet, se usada diariamente, pode funcionar como um treinamento do cérebro, um trabalho que não deixa o cérebro perder a capacidade de raciocínio.
Internet e a mudança no comportamento
Por meio das comunidades virtuais é comum o internauta criar uma identidade por trás da tela do computador. Isso lhe permite refugiar dos problemas de socialização que enfrentaria no contato pessoal, explica a psicóloga Anelise Araújo.
Uma parcela dos internautas que faz uso da ferramenta sofre com problemas de inibição, possuem vergonha em interagir face a face, e isso é vivenciado pelo repositor Danilo Munhão da Silva, de 26 anos. Ele acessa a internet de cinco a seis horas diárias e diz que através dos sites de relacionamento os diálogos fluem e o usuário fica mais a vontade. Além disso, fora do espaço virtual sente dificuldade de se expressar e não falaria a metade do que escreve.
O funcionário da TV Futura Thiago Jacobi Bürger, 26 anos, comentou que, às vezes, o contato é melhor no espaço virtual. O usuário sabe lidar com situações de nervosismo, se está mal humorado não deixa transparecer, além dos sentimentos de raiva, mágoa ser controlados. Dessa maneira, as conversar ocorre de acordo como a pessoa se apresenta. Ele utiliza sites de relacionamento como ferramenta de trabalho para supervisionar 26 integrantes da mídia televisiva. Em função disso, fica conectado cerca de 14 horas na web.
O comportamento dos usuários é alterado devido ao uso compulsivo da tecnologia. O modo de agir e a linguagem ficam claras na interatividade. Como o meio se caracteriza pelo dinamismo, rapidez nas postagens as palavras ganham formas por abreviaturas, siglas e pela utilização de emotions nas mensagens, esclarece a psicóloga. Porém, a linguagem virtual influencia na linguagem formal dos adolescentes, por estarem familiarizados com essa realidade.
A preocupação dos pesquisadores é quando isso afeta nas atitudes dos mesmos seja nas produções em sala de aula e no processo de alfabetização.
Segundo o estudioso Roberto Fasciani “nenhum instrumento ou tecnologia inventada pelo homem pode ser intrinsecamente positivo ou negativo, certo ou errado, útil ou perigoso. É só a utilização que disso se faz que pode ser julgada com regras éticas”.
A psicóloga Anelise alerta que os pais não devem proibir os filhos de usarem a tecnologia, mas a liberdade guiada, ou seja, a supervisão é a melhor coisa que se tem a fazer nestes casos.
INTERNET: para o bem ou para o mal?
Mais do que qualquer uma das gerações passadas, a juventude de hoje está conectada - durante todo o tempo- com um mundo de comunicação e informação nas pontas dos dedos. A internet configurou a forma de trabalhar, relaxar e até de namorar da juventude atual. A rede criou, para eles, uma noção diferente de comunidade e novas formas de expressão. Segundo a professora Deise Trindade, 35 anos, a Internet têm os seus prós e contras. “Não podemos negar que a Internet foi um grande avanço tecnológico para a humanidade, mas ela precisa ser bem utilizada. Se o jovem não souber utilizá-la de uma forma saudável, ele certamente irá se prejudicar”, comenta.
O uso indevido da rede pode acarretar para os jovens sérios problemas. De acordo com a psicóloga Ana Clara Lemos, 33 anos, o mau uso da Internet traz sérias conseqüências para a saúde física e mental dos usuários. “O jovem que passa todo o tempo navegando na internet, muitas vezes, torna-se sedentário, não pratica exercícios físicos, e isso pode trazer problemas como o aumento de peso, dores musculares, problemas de visão. Já na parte psicológica, o maior problema é alienação que o jovem sofre. Eles não têm a personalidade formada, e acabam sendo influenciados pelas informações que trocam na rede, e isso é muito perigoso, porque a Internet não possui um controle das informações divulgadas. Ao mesmo tempo em que tem coisas boas, também tem coisas ruins, e cabe aos pais controlarem os conteúdos que os seus filhos acessam e ficarem atentos as possíveis mudanças de comportamento dos filhos”, concluí.
Ainda segundo a psicóloga Ana Clara, se o jovem começa perder interesse pelas coisas que gosta, se passa a ter problemas na escola e com os amigos, e passa a viver uma vida virtual, os pais devem entrar em ação e impor limites de uso da rede ou procurar ajuda de um profissional habilitado.
Não podemos negar que a Internet é uma evolução tecnológica muito satisfatória, que trouxe muitos benefícios para a humanidade, mas precisamos usá-la corretamente e orientar os jovens sobre os perigos que eles podem correr ao acessar a rede de maneira indevida, e acima de tudo, devemos ter a consciência de que nenhum meio de comunicação é mais importante do que a convivência co pais, educadores e amigos reais.
Erramos
Elisa fala que na última segunda-feira à tarde, dia 5, esfriou antes chover. “Se tivesse continuado quente como foi durante o dia e chovesse, a probabilidade de ocorrer granizos, com tamanhos de pedras relativamente grandes (tamanhos de “ovos de galinha”) parecidos com os que ocorreram em Itaara no dia 7 de setembro, seria muito elevada. Só que em questão de 1 hora a temperatura baixou 10ºC, isso fez com que a tempestade não se intensificasse e não ocorressse o fenômeno”.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Quebra de patente: uma questão coletiva
No Brasil, o mercado de medicamentos movimenta mais de R$10 milhões. A FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) é uma das instituições com maior depósito de patentes desde a década de 80. São 115 patentes requeridas, sendo 51 no Brasil e o restante no exterior e destas, 54 já foram concedidas, sendo 14 no Brasil.
A justificativa sobre a necessidade da quebra de patente no Brasil é que pacientes com AIDS, financeiramente vulneráveis, têm dificuldades em adquirir os coquetéis para o tratamento da doença. Se pensarmos em nível nacional, a quebra prejudicaria ou deixaria de incentivar novas pesquisas e poderia prejudicar pacientes locais.
Mas considerando que a maioria das pesquisas nas universidades do país traz inovações para a área de fármacos e não fórmulas de medicamentos, a conclusão é de que o Brasil precisa importar fórmulas e isto tem um custo. Como já sabemos que o investimento em saúde no Brasil não abrange todos os problemas da população, seria utópico pensar que o governo sempre dará prioridade para abastecer toda a população com os medicamentos importados, o que é papel do Estado. Está aí a justiça tendo que intervir em muitos casos, até para uma simples internação hospitalar.
Como sabemos muitos laboratórios já firmam convênios com universidades dando a garantia da comercialização da valorização dos produtos aos nossos pesquisadores. Por isso é plausível pensar como um país de terceiro mundo e considerar a quebra como uma solução pragmática a uma fatia dos problemas de saúde do Brasil.
Camila Gonçalves
Ação pede cancelamento de patente de remédios
O lado inverso do patenteamento
Os EUA, por exemplo, não permitiam lei de autor para estrangeiros por quase todo século 19. Na Europa e Japão, a patente de produtos farmacêuticos só começou a vigorar quando as suas próprias indústrias farmacêuticas já se encontravam desenvolvidas. Porém, quando não eram desenvolvidos só conseguiram enriquecer justamente porque não ofereciam proteção a patentes. Já os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento foram praticamente obrigados a ceder as leis de patenteamento sem levar em conta o fato de terem estabelecido um parque industrial capaz ou de levar em consideração o acesso da população a medicamentos essenciais.
Além de todos esses fatores históricos com relação às leis de proteção a criação cientifica, é preciso refletir que o remédio é visto pelos governos como mercadoria e não como agente terapêutico. Além disso, os remédios são direitos sociais da população. Fora que o custo dos remédios é muito caro, fugindo do acesso da maioria da sociedade.
Recentemente com a queda do dólar, os remédios continuaram caros. O preço dos medicamentos é determinado pelo monopólio da indústria mesmo que muitos desses produtos como, por exemplo, os destinados a doenças graves tenham isenção fiscal. Os pacientes com sérias doenças, como a AIDS, custam em média ao governo R$5.000. O problema é ainda maior quando pensamos que não existem os remédios genéricos para todo o tipo de doença.
Essa exclusividade de direitos, que assegura o retorno de investimentos seria inviabilizada pela alta concorrência da livre reprodução. Por um lado. encarece os valores para o governo e para a população; por outro, privilegia os cientistas e inventores.
Também existe um empecilho que precisa ser revisto: as firmas querendo vender exclusivamente seus produtos, e a população sendo atraída pela compra dos “piratas” que oferecem valores menores.
Aliás, quase tudo que consumimos, vemos ou até mesmo ingerimos, está direta ou indiretamente protegido. A quebra de patentes devolveria ao cidadão seu real direito de consumo de remédios por menores valores, alem de qualquer laboratório ou indústria poder fabricar sem rígidas leis de patenteamento. Pois quem mais perde com essas leis são os países pobres.
Lais Bozzetto
sábado, 17 de outubro de 2009
A crise mundial a serviço do meio-ambiente
A Agência France-Presse, explica a queda em matéria postada na Folha Online, de 27 de fevereiro de 2009, dizendo que a crise fez com que os empresários das indústrias reduzissem sua produção passando a comprar menos direitos de emissão de CO² colocando em risco, também, esse mercado.
Tal incidente na economia mundial reduz temporariamente a emissão do dióxido de carbono, mas está longe de resolver por inteiro a questão. A queda será compensada em seguida, já que as políticas ambientais é que são frágeis.
A questão do aquecimento global e do dióxido de carbono é primeiramente ambiental e, vista mais de perto, econômica.
A Agência Internacional de Energia - AIE, considera que para frear a catástrofe ecológica é necessário estabilizar as emissões de CO² em 450ppm até 2030. Com isso, as empresas continuariam a crescer e a temperatura média do planeta não ultrapassaria mais de dois graus Celsius. Além disso, as emissões relacionadas à geração de energia poderiam aumentar até 6% no mundo até 2020, tomando por base os níveis registrados em 2007. Mas a intensidade de emissões de carros teria de cair em 37%.
Fica fácil observar que a questão do CO² e do aquecimento global está condicionada ao investimento em tecnologias mais baratas. Carros com sistemas de ignição que não prejudicam as condições do ar são mais caros que os outros, além das técnicas geradoras de energia já estarem ultrapassadas, contrapondo-se a uma minoria de mecanismos ditos ecologicamente corretos.
O que vem ao encontro desta questão economia X redução da poluição é resultado do preço do carbono, que com seu preço aumentado, tem seu consumo reduzido. Assim, como as tecnologias que não agridem o meio-ambiente devem ter seus custos reduzidos, para se tornarem de acesso público.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Novas alternativas para o Ensino Médio no Brasil
Com essas alterações o ensino médio passa a ser interdisciplinar, reduzindo as doze disciplinas básicas para quatro grupos de conhecimento, entre eles: línguas, matemática, ciências humanas e ciências biológicas. Outro aspecto será a carga horária dos alunos e dos professores que irão aumentar e a liberdade para o aluno escolher 20% das disciplinas que cursará.
O ensino médio no Brasil é a etapa que menos recebe verbas públicas na educação. As verbas para pré-escola são maiores do que para o ensino médio. Isso se torna um problema, pois a pré-escola não é essencial para chegar ao ensino superior.
É claro que todas essas mudanças não vão se concretizar de um ano para outro. É preciso investimentos e uma modificação nas escolas começando com treinamento de professores que muitas vezes desatualizados. Essas mudanças que o MEC propõe são para tentar solucionar a evasão escolar e preparar os alunos para o Enem que a partir deste ano pode servir como vestibular em muitas universidades do país.
Esta nova forma de estimular os alunos a freqüentarem as escolas mesmo após um longo dia de trabalho oferecendo disciplinas alternativas que discutam assuntos culturais e que ofereçam experiências práticas e teóricas é muito importante para o avanço da educação no Brasil. Com isso os estudantes podem entrar em uma universidade com noções sobre vários temas o que pode ajudar na escolha da profissão.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Mais educação para os brasileiros
A matéria ainda retornará ao Senado para a votação, pois houve alterações no texto original, mas para o autor da moção o professor Isaac Roitman, a recente aprovação sem votos contrário na Câmara federal é uma notícia auspiciosa para os que lutam por uma educação de qualidade. Segundo ele, em 2010, espera-se que haja uma contribuição de R$ 7 bilhões para a educação e a aplicação correta desta quantia é de responsabilidade de toda a sociedade.
Em um país em que muitas vezes a educação não foi vista como prioridade de muitos governos é importante que haja um incentivo à educação cada vez maior. Levar as crianças desde pequenas para a escola pode ser uma estímulo para que elas gostem de estudar e também um alívio para os pais que tem que trabalhar. Ao invés de estar em casa olhando no TV ou no computador sem controle do que estão acessando as crianças podem ir ao colégio onde poderão interagir, brincar e principalmente aprender.
No Brasil a situação já foi bem pior, muitas das crianças que entravam no colégio acabam tendo que abandoná-lo em regiões mais pobres, pois eram obrigadas a trabalhar. Como iniciativas como o Bbolsa Escola a situação ficou melhor nos últimos, mas ainda temos muito para avançar até a educação dos países mais desenvolvidos.
Em 2008, 993 mil pessoas com até trezes anos estavam empregadas no país, uma queda de 19,2% em relação a 2007(1,2 milhões). O número de ocupação entre pessoas entre cinco e treze anos foi o menor da década de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maior parte trabalha em atividades domésticas (51,6%). Outros 35,5% trabalhavam em atividades agrícolas. A média salarial ficou em R$ 269 mensais – o salário mínimo é R$ 465 atualmente.. A região Nordeste, mesmo registrando queda de 13,4% em 2007 para 12,3% (1,7 milhão), em 2008, ainda apresentava a maior proporção de crianças e adolescentes nessa faixa de idade ocupadas. A pesquisa aponta uma queda gradual desse índice desde 1992, quando ele estava em 19,6%.
Já a taxa de analfabetismo ficou praticamente inalterada em 2008 em relação ao ano anterior. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), havia cerca de 14,2 milhões de analfabetos de 15 anos ou mais no Brasil em 2008, quando a taxa de analfabetismo foi estimada em 10,0%. Em 2007, a taxa foi de 10,1%. Os jovens de 15 a 17 anos e de 17 a 24 mantiveram os mesmos índices de um ano para o outro, 1,7% e 2,2%, respectivamente. A Pnad considerou analfabetos aqueles com cinco anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete.
O governo discordou das informações. O ministro da educação, Fernando Haddad, questionou os dados e argumentou que a queda de apenas 0,1% na quantidade de analfabetos com dez anos de idade ou mais é um ponto fora da curva na taxa média de redução dos últimos anos. O órgão entrou em contato com o IBGE para revisar as informações.
No quesito professores o estudo “Professores do Brasil: Impasses e desafios”, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco) mostra que cerca de 3 mil professores no país têm baixos salários e formação deficiente. Segundo o levantamento, elaborado pelas professoras Bernardete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto, metade ganha menos de R$ 720.
Os índices brasileiros ainda entristecem aqueles que acreditam que uma boa educação é condição básica para um bom desenvolvimento de nosso país.Mas, nosso país tem uma história ainda recente, e atos como a aprovação no plenário nos mostram que lentamente a idéia de que a educação de qualidade é primordial em um país está sendo enraizada na nossa cultura.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Inovação, agricultura e alimentos: o papel da ciência para a sustentabilidade
A Semana Mundial da Alimentação é comemorada internacionalmente entre 12 e 16 de outubro. Em novembro, entre 16 e 18, a ONU, promove em Roma o World Summit, Como alimentar o mundo em 2050-, que reúne especialistas em alimentação de diversos países. Durante o debate, eles precisarão apontar e convencer os líderes e governos das nações sobre as estratégias da Segurança Alimentar para o mundo.
As propostas a serem apresentadas no Fórum da Itália visam superar o desafio apontado no mais recente relatório publicado pela FAO, que prevê crescimento de um terço da população mundial até 2050. Isto significa produzir alimentos para mais 2,3 bilhões de pessoas, o que exige crescimento de 70% da agricultura. "O mundo precisará ampliar os investimentos para fortalecer a agricultura nos países pobres e em desenvolvimento, o que pode evitar que, em 2050, cerca de 370 milhões de pessoas - 5% da população desses países - ainda sejam atingidas pela fome", adverte Hafez Ghanem, diretor-assistente da FAO, em Roma.
I Fórum Inovação, Agricultura e Alimentos para o Futuro Sustentável
Dia 15 de Outubro - 8h30 às 12h30
Mercure Hotel - Ibirapuera - São Paulo
Sala Praça da Sé - Piso E3
Informações: (11) 3256-4312 - E-mail: meccanica@meccanica.com.br
Inscreva-se pelo site: http://www.forumagriculturaealimentos.org.br/
Siga o Fórum no Twitter: http://twitter.com/foruminovacao
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
De olho no tempo em Santa Maria
No último final de semana, as rajadas de vento atingiram alguns bairros da cidade de Santa Maria no centro do RS, destelhando casas e arrancando orelhões. Na capital gaúcha, segunda-feira, 5 de outubro, muita destruição, alagamentos e problemas com a rede elétrica foram algumas das conseqüências causadas pelo caos das recentes tempestades.
Ainda não recuperados da chuva de granizo que varreu há pouco tempo o município de Itaara, também localizado na região centro do Rio grande do Sul, cabe saber se as cidades estão preparadas para “defender-se” desses novos e violentos eventos climáticos? No caso de Santa Maria, a meteorologia pode prever com antecedência esses fenômenos e reduzir estragos e mortes?
A aluna de meteorologia e estagiária do núcleo de Geodesastres do INPE, Elisa Glitzenhirn, explica que a variação da atividade climática no espaço de tempo, tem relevância predominante na resultante dos fenômenos. Ela conta que a posição geográfica tem influência neste aspecto: “Santa Maria está situada em um relevo de depressão rodeada de uma extensa cadeia montanhosa. Portanto, tem uma parcela benéfica, pois impede que tempestades mais severas se aproximem da região. E quando estas passam, já chegam sem força ao se instalar sobre a cidade. Em questão de minutos pode se diminuir ou aumentar a intensidade de um grande temporal. Por isso a importância do espaço de tempo”.
Por outro lado, afirma as conseqüências desastrosas que podem ser causadas pelo relevo: “Supondo que ocorresse um tornado em Santa Maria. A chance de ele sair da cidade é de certa forma impossível. Ele vai destruir tudo que puder enquanto tiver força porque não há lugar para o escoamento devido à parede de montanhas que nos cerca. Como as pessoas falam popularmente: “Santa Maria está dentro de um buraco”. E é verdade, por essa razão o tornado vai ficar batendo e voltando para o mesmo lugar.
Ela também comenta que a variação da temperatura tem ajudado muito na não intensificação das chuvas na região. Elisa fala que estamos e tivemos um pouco de sorte: “A nossa sorte é que na última terça-feira à noite, dia 6, esfriou antes chover. Se tivesse continuado quente como foi durante o dia e chovesse, cairiam granizos gigantes do tamanho ou quase como bolas de basquete,porque ao esfriar repentinamente ocorre uma inversão térmica que desfaz o fenômeno. Em dois minutos a temperatura baixou 10 graus. Isso foi uma característica do relevo da cidade que ajudou muito”.
domingo, 11 de outubro de 2009
Curso de meteorologia na UFSM
O grupo emite boletins diários pelo site oficial do Gruma, http://www.gruma.ufsm.br/, feito para alertar a população sobre possíveis tempestades.
O Gruma é formado por acadêmicos aprendizes e, desse modo, as atividades visam fornecer experiência na função e qualidade no ensino. Eles alertam essa condição por enfrentarem críticas sobre os erros nas previsões.
O professor Otávio Acevedo fala que a meteorologia de Santa Maria dispõe de avançados computadores para realizar as previsões, mas ressalta que a máquina não faz tudo. O meteorologista tem que lidar com as variações de cálculo e do tempo para desenvolver um trabalho eficaz e com quase 100% de certeza e acerto. “Não é algo padrão, o tempo muda muito rápido de uma hora para outra e o profissional tem que saber trabalhar com isso para obter consistência na sua previsão”.
Ele lamenta o fato do RS ser o único estado da região sul a não possuir um centro regional de meteorologia. “Isso seria importante para a descentralização do curso de meteorologia em si, pois existe apenas aqui na cidade e em Pelotas. Seria bom também para outras sedes do INPE em geral.
O professor defende ainda que as formas populares de reconhecer as possíveis viradas no tempo são muito válidas e verdadeiras. A experiência e opinião principalmente de pessoas mais velhas é de grande relevância. Explica que por residirem muitas vezes em lugares afastados do perímetro urbano por longo tempo, acabam por adquirir conhecimento real da variação do clima perto de suas moradias.
Seja informado por profissionais ou ditos populares, os habitantes da região de Santa Maria devem procurar ficar atentos a estes avisos e sinais. O simples fato de ter a informação, pode salvar muitas pessoas de acidentes provocados por estes eventos e até mesmo salvar a nossa vida. Pois como pôde-se perceber, o clima na região centro pode surpreender a qualquer minuto.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Em nome da mãe: o não reconhecimento paterno no Brasil
O livro resulta da pesquisa para a tese de doutorado da autora, e cuja investigação em registros cartoriais revelou que pelo menos um quinto dos brasileiros são filhos da mãe. Ou seja,o registro da paternidade é negado ao nascer, agravando a condição já precária de mulheres e crianças em desvantagem social e econômica dentro do quadro de desigualdades e assimetrias profundas nas relações parentais.
O livro impresso pela editora Mulheres, de Florianópolis,SC, será lançado em Belo Horizonte no VII Congresso Brasileiro de Direito de Família, promoção do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), a ser realizado entre 28 a 31 de outubro e, em Recife, no Seminário Mães Solteiras e Reconhecimento Paterno, promoção da Associação Pernambucana de Mães Solteiras (APEMAS), em 18 de novembro.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
OPINIÃO! A quebra de patente dos medicamentos
A patente de um produto compreende em garantir a proteção à propriedade intelectual. Sua prerrogativa é garantir ao inventor os direitos de fabricação e venda de seu invento. Mas essa garantia está beneficiando algumas grandes empresas farmacêuticas e matando milhares de pessoas, principalmente, em países pobres que não tem condições de bancar o alto custo dos produtos.
O Brasil liderou as reivindicações das nações em desenvolvimento feitas a Organização Mundial da Saúde (OMS). O texto pedia mais respeito aos países pobres, pois alguns medicamentos utilizados na saúde pública tinham preços diferentes para cada país. Um exemplo é a decisão adotada pelo Brasil de quebrar a patente de um medicamento usado no combate a AIDS, agora o País vai importar um genérico por um preço três vezes menor.
O presidente Lula afirmou que a mesma medida pode ser estendida a outros medicamentos. Assim, o Brasil poderia escolher de quem comprar ou até mesmo produzir tais remédios.
Patentes de medicamentos: os dois lados da questão
Uma esperança para quem luta contra o Vírus HIV
No ano de 2008, mais de 7 milhões pessoas foram infectadas por dia no mundo. A maioria dos contágios é registrada em países pobres e na população com idade entre 15 e 24 anos. A África Subsaariana é a região com mais casos, 72% das mortes mundiais ocorrem nesse local . Mesmo com números assustadores a Organização das Nações Unidas-ONU revela que houve redução do número de mortos pelo HIV.
Apenas no ano passado o Brasil registrou cerca de 13 mil casos da doença e pesquisas revelam que as relações sexuais crescem enquanto o uso de preservativo diminui. O índice de pessoas que se protegem é maior entre os jovens. Os adultos com parceiro fixo dispensam o preservativo na maioria dos casos.
Para conter a epidemia do vírus é preciso uma conscientização e políticas públicas eficazes na prevenção e no tratamento da AIDS. O governo federal deve investir em programas que auxilie e informe os jovens sobre o Vírus e a importância de usar preservativos. O uso da camisinha é a melhor forma de se prevenir e prevenir o parceiro. A divulgação e os debates sobre o assunto ajudam a criar uma conscientização de saúde.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Lançamento do livro Mídia: fonte & palanque do pensamento culturalista de Gilberto Freyre
A leitura de revistas e os jovens
Para aproximar os jovens, a revista usa como artifício, conteúdos voltados para o público adolescente. Assuntos sobre bandas famosas de sucesso nacional e internacional, testes de raciocínio, dicas de comportamento e sexualidade são os temas preferidos para atrair a atenção dos leitores.
O técnico de computação Ricardo Calai, 20 anos, é assinante da revista Men´s Healt há dois anos. Ele ressalta a importância do meio impresso na juventude. Para Calai, as matérias publicadas na revista incentivam os jovens a cuidarem da saúde e da sexualidade. “Quando leio as matérias sobre saúde, procuro seguir as dicas da revista”, afirma.
Já o estudante Leonardo Pereira, 21 anos acredita que revistas estão caindo em desuso. “Quando preciso de uma informação recorro à internet”, revela. Pereira busca os mais variados assuntos por sites de busca. O estudante conta que tem um relacionamento aberto com seus pais. Sempre que necessário tira suas dúvidas com eles. “Meus pais tem experiência, já vivenciaram todas as situações que eu passo”, justifica. Para Pereira as revistas mostram os temas polêmicos de maneira superficial.
A professora Deise Ferreira conta que em suas aulas procura estimular os aluno a utilizarem revistas como meio de informação. “Faço atividades de leitura em sala de aula e exercícios de recortes de reportagens”, lembra. Para ela, os jovens devem criar o hábito da leitura desde cedo, independente do meio de comunicação. Mas como a internet ainda não chegou na maioria das salas de aula, a preferência segue sendo revistas e jornais.
A maioria dos jovens procura por conteúdos na internet. Porém, alguns assuntos são tratados como tabus. Um exemplo disso é falar sobre a sexualidade na adolescência. As revistas tendem a abordar temas polêmicos de uma maneira que se aproxime cada vez mais dos jovens.
O interesse dos jovens pela leitura existe, porém com a internet os temas são selecionados pro cada pessoa. Na revista os temas são propostos pela editoria e o adolescente tem a possibilidade de ler um pouco de cada assunto.
Por Vinícius Ferreira
Mídia televisiva: vilã ou mocinha?
Uma pesquisa realizada pela Unesco em 2004, comprova que o tempo que as crianças gastam assistindo a televisão é, pelo menos, 50% maior que o tempo dedicado a qualquer outra atividade do cotidiano, como fazer a lição de casa, ficar com a família, ler ou brincar com os amigos.
A psicóloga Vânia Fortes de Oliveira destaca a década de 80, como época em que surgiram programas que preocupavam os pais. “A mídia possui grande influência sobre o comportamento dos indivíduos e com as crianças não é diferente. Os programas da Xuxa e Angélica, por exemplo, tornaram-se fenômenos culturais no país. O culto ao consumismo infantil e a sensualidade das apresentadoras tirava a tranquilidade dos pais, pois estimulavam os pequenos a adquirirem comportamentos precoces”, explica Vânia.
Por outro lado, deve-se levar em consideração também a maneira como as crianças observam a televisão e não apenas o que os pais acham dela. Uma curiosa pesquisa realizada em 2004 pelo Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), aponta que crianças da região sudeste do Brasil, sabem enxergar a televisão de forma positiva e não tem dúvidas sobre o caráter educativo que ela possui. O estudo teve como suporte textos escritos por mais de 400 crianças, com idades entre 8 e 12 anos. Nas redações, elas expressavam o que pensavam sobre a TV.
Na pesquisa, um menino de 12 anos, de uma escola pública de Araguari, Minas Gerais coloca no texto que “nos dias de hoje a televisão vem de todos os cantos do mundo, trazendo educação, cultura de outros países, costumes de diferentes povos. A televisão traz conhecimento de todos os lugares”. Já os textos de uma menina e de um menino de uma escola pública de São Gonçalo, Rio de Janeiro diz: “O programa que eu não gosto de assistir é o filme Cidade de Deus, porque mostra muita coisa que é ruim para a vida de uma pessoa, mostra muita violência e as pessoas fumando maconha, mostra armas, brigas”.
Os textos provocam reflexão, à medida que se percebe que as crianças têm consciência do que estão assistindo e não precisam, necessariamente, ser influenciadas pela televisão. Todo este assunto que aborda a relação entre mídia e criança é muito amplo. As respostas relativas às questões do primeiro parágrafo deste texto abrem um leque de opção, opiniões e ângulos sobre o tema. O interessante é que os pais saibam impor limites às crianças e que as crianças possam escolher e saber aproveitar o que não só a televisão tem de bom para oferecer, mas todas as mídias que estão inseridas no cotidiano atual.
As múltiplas faces do Twitter
O bacharel em Informática e Especialista em Segurança de Redes, Guilherme Giuliani, explica como funcionam os relacionamentos no twitter. Existem os followings e os followers, os primeiros são as pessoas que o usuário segue, os segundos são os seguidores do usuário. O twitteiro recebe atualizações do que seus followings escrevem e tudo que o mesmo escrever será visto por seus followers.
Guilherme explica que não há regras entre os usuários para seguir alguém, mas que há a possibilidade de bloqueio de um seguidor. “Segue-se deliberadamente qualquer pessoa. Às vezes pode haver alguém que nao quer ser seguido, aí coloca um cadeado e seleciona os seguidores”, exemplifica.
Quanto ao sucesso de cada Twitter, Giuliani acredita que o conteúdo das frases é fundamental e que outro fator que vai determinar o número de seguidores de uma pessoa é identificação dos demais usuários com o teor das postagens.
A designer santamariense Nanthala Betancourt (imagem) chegou a ficar em primeiro lugar nos twitters mais relevantes. Ela tem 1098 seguidores e descreve seu perfil em inglês, com palavras-chave como designer, blogs, espanhol, web 2.0, entre outras. No Twitter ela disponibiliza o link de seu blog. Quem navega por ele se depara com posts sobre a nova sede do Facebook, na Califórnia, inovações por todo o mundo como jogos, e trabalhos de agências de publicidade.
O publicitário Rogério Dias tem uma produtora de eventos e acredita que o Twitter é uma grande ferramenta de divulgação. “Assim como é chamado de microblog e pode ser ótimo para expressar idéias, informar, o Twitter também é como um outdoor no que diz respeito à promoções, tanto que a lei eleitoral poderia ser modificada para evitar estas formas de divulgação dos candidatos na eleição do ano que vem”, lembra.
O departamento de Presença Digital da Bullet realizou pesquisa ainda este ano para saber qual era o perfil dos usuários brasileiros do Twitter. Usuários da própria ferramenta divulgaram a pesquisa entre 27 e 29 de abril.
Conforme a consulta 61% são homens, 65,1% são jovens e adultos entre 21 e 30 anos, 82,8% são solteiro, 46% são do Estado de São Paulo e 10% são do Rio de Janeiro. Quanto à escolaridade, 37,6% são pessoas qualificadas, estudantes de ensino superior e 31,7% são graduadas.