Goico recuperou-se de uma grave lesão em 8 meses - foto:Guilherme Kalsing |
Blog voltado ao ensino do jornalismo científico e à reflexão sobre a popularização da ciência.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Alto rendimento no esporte
sábado, 29 de outubro de 2011
Vinho, saiba a quantidade certa
A bebida, considerada remédio, nem sempre ajuda à saúde do ser humano. O vinho pode causar dependência quando ingerido em excesso. O alcoolismo foi definido como doença e os malefícios de seu consumo indiscriminado começaram a ser estudados. O álcool foi e é protagonista de campanhas de saúde pública.
Além do alcoolismo, a bebida que é apreciada pelos brasileiros principalmente na estação mais fria do ano, quando ingerida com abuso, causa sérios problemas à saúde como cirrose. “A cirrose é uma das doenças mais comuns provocadas pela bebida”, diz o médico cardiologista Moacir Alves Filho. A cirrose hepática é uma doença difusa do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos.
Os que exageram nos finais de semana podem sofrer todos os malefícios da ingestão exagerada e aguda do vinho sem nenhum ganho para a saúde, incluindo acidentes de trânsito.
Além da quantidade, a regularidade também é importante para se obter os efeitos benéficos do vinho. O elemento químico presente no vinho tinto chamado resveratrol tem mostrado, em estudos com animais, possuir efeito de proteção cardíaca e química. A bebida que faz bem ao coração, diminui os níveis de colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL).
Alguns médicos recomendam a ingestão de uma dose pequena diária, e há aqueles que não recomendam, pois o paciente acaba sempre ultrapassando o limite recomendado, prejudicando à saúde. “Não recomendo, porque os pacientes acabam tomando um copo, dois por refeição, enquanto o recomendado é apenas uma dose pequena”, diz o cardiologista.
Para o servidor público, Osvaldo Mora, 50 anos, a bebida é companhia quase diária de uma de suas refeições. “Costumo tomar duas taças durante a janta. Tenho esse costume há dois anos, desde quando comecei a produzir a bebida”, disse Mora.
Para aproveitar o que o vinho tem de melhor, é preciso moderação. Uma taça antes ou depois da janta ou almoço é uma boa pedida.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Auxílio para novos empreendedores
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Comunidade junguiana perde James Hillman
Da Redação.
Diabetes na gravidez
A diabetes gestacional é uma doença que atinge em torno de 7,6% das mulheres brasileiras e acontece porque a gestante produz uma quantidade insuficiente de insulina para ela e seu bebê. O excesso de açúcar no sangue pode trazer riscos para a futura mãe e, principalmente, para o feto em formação. Apesar dos problemas, o tratamento médico pode proporcionar uma gravidez tranqüila.
Identificada no final do segundo trimestre da gestação, um histórico familiar de diabetes e ganho excessivo de peso durante a gravidez estão entre as principais razões para esta doença, podendo ser intensificada em mulheres diabéticas. Mesmo existente há muito tempo, a diabetes gestacional aparenta estar em evidência nos últimos anos, o que para a obstetra Lia Mara Zamberlan Montagner tem relação direta com o crescimento do número de pessoas com diabetes, de uma forma geral. “Se pensarmos em cem anos atrás, por exemplo, as mulheres não tinham acompanhamento médico, e muitas das gravidezes interrompidas, podiam ser em razão da diabetes gestacional, sem quer que as vítimas soubessem que este era o verdadeiro motivo”, explica.
Outro fator que pode ter intensificado o número de diabetes gestacional nas últimas décadas, é o grande número de mulheres que engravidam depois dos 30 anos. Como revela a Dra Lia Mara, mulheres acima dos 25 anos e com estatura abaixo de 1,51m estão mais sujeitas a apresentarem o quadro de diabetes gestacional. Este é o caso de Suzi Conrad de Menezes, 45 anos, que mesmo sem nenhum caso de diabetes na família, adquiriu a doença durante a gravidez. “Não sabia da existência da doença, pois nas minhas duas outras gestações não tive este problema”, revelou Suzi, que descobriu a diabetes no quarto mês de gestação, através de um exame de rotina.
Exames laboratoriais são a única forma de confirmar este tipo de diabetes, como explica a Dra Lia Mara: “Os sintomas do diabetes tradicional é sede, muita fome, urina em excesso, mas na gravidez estas características não são percebidas. De forma que a única maneira para a constatação oficial da diabetes gestacional é com o rastreamento laboratorial. Neste exame é medido o nível da glicemia da mãe, em jejum. Números elevados deste exame podem apontar a presença da diabetes gestacional”.
No caso de pacientes que já possuem diabetes, e engravidam estando com a glicemia descompensada, existem alguns riscos muito grandes para o feto. Pode envolver desde a má formação do bebê até o aborto. Mas a Dra Lia Mara ressalta que mesmo as mulheres com diabetes podem ter uma gravidez estável, basta manter alguns cuidados, por isto, é fundamental o acompanhamento médico mesmo antes da gravidez.
Para o bebê, os riscos são maiores, e tem ligação direta com o excesso de glicose da mãe. “De uma maneira simples e fácil: o nível de glicose da mãe reflete o nível de glicose fetal. E isto vai acarretar no feto uma produção excessiva de insulina pelo pâncreas do feto. Isto pode gerar o que é chamado de feto macrossômico, isto é, aquele bebê que nasce grande e pesado”, explica a Dra Lia Mara. Este bebê pode ter dificuldades para nascer e tem o risco de fazer uma hipoglicemia preocupante no período pós-parto, já que ele nasce habituado ao nível de glicose alto da mãe. Podem ainda trazer problemas cardiovasculares, devido ao ganho rápido de peso.
Ao final da gestação algumas mulheres ficam totalmente livres da diabetes, como foi o caso de Suzi Menezes. Só é preciso lembrar, como ressalta a Dra Lia Mara, que mulheres que tiverem diabetes gestacional, ficam mais propícias a terem o retorno da doença no futuro.
O estudo da química no ensino médio
A professora universitária, Ana Paula Greff Athayde, 36, explica que é bastante difícil avaliar o ensino de química nas escolas brasileiras. “Depende da escola, dos recursos materiais e de pessoal, do tipo de escola (pública ou privada), do currículo escolar, etc.” Para ela, em escolas públicas os recursos como laboratórios e pessoal para trabalhar, o tempo escasso para planejamento interdisciplinar são as principais dificuldades no cenário atual de ensino da química no Brasil. A aprendizagem da química mobiliza habilidades de ler, interpretar, fazer cálculos. Além disso, exige que se vá além do que pode ser visto. “É preciso relacionar fatos e conceitos, é preciso deduzir. E isso dá um trabalho... Às vezes, o aluno tem até que estudar!” brinca Ana Paula.
A professora também afirma que tornar o ensino de química mais dinâmico, depende de uma revisão do currículo da disciplina. “Não se pode ignorar a quantidade absurda de conteúdos que enfrenta um estudante que deseja fazer vestibular. E não se pode ignorar o vestibular.” Além disso, a professora alerta que não podemos esquecer o aperfeiçoamento dos professores e a expansão dos recursos materiais. “O governo tem que colocar a mão no bolso, tem que investir de verdade e esse dinheiro tem que ser gasto de forma adequada” conclui.
Mas e para quem enfrenta esse desafio nas escolas todos os dias? Conversamos com a estudante de ensino médio Mariele Dreon, de 17 anos, que falou um pouco sobre a sua opinião. Ela ressalta que a matéria química, em si, não é complicada “as minhas dificuldades com a matéria são em torno das nomenclaturas e terminologias”. A aluna ainda elogia seus professores e conclui que, a maioria teve êxito ao ensinar, porém alguns não souberam desenvolver uma dinâmica de aula que pudesse envolver os demais. Mariele ainda dá a dica “faço uma lista das coisas que preciso estudar e começo pelos itens que tenho mais dificuldade. Assim não estarei tão cansada e conseguirei compreender de forma mais completa o conteúdo.”
Muitos estudantes pensam que a química é uma ciência limitada às pesquisas de laboratório e à produção industrial. A verdade, é que ela está presente em nosso cotidiano, das mais variadas formas e em todos os momentos. A química estuda a matéria, suas transformações e a energia envolvida nesses processos. Além disso, ela explica diversos fenômenos da natureza e é a maior aliada dos avanços tecnológicos da nossa sociedade.
O acadêmico do curso de Química do Centro Universitário Franciscano, Luciano Mello Raguzzoni, de 20 anos, conta que começou a se interessar pela química no final do ensino médio e quando começou a freqüentar o cursinho. Ele relata que quando estava no ensino médio, a química era muita teoria e não envolvia atividades em laboratórios ou algum experimento. “Mas mesmo com as dificuldades, eu segui esse caminho.” desabafa Luciano. O acadêmico ainda acrescenta que a química no curso de química é diferente. “No curso você consegue achar lógica em tudo que você aprendia no ensino médio”. O acadêmico encerra sua colocação com uma proposta de que os alunos que tem dificuldades devem estudar e tentar contextualizar a química com seu cotidiano “assim a visão que vocês têm da química irá ficar mais fácil e ampla” completa.
A professora Ana Paula também dá um conselho “não entreguem exclusivamente ao professor a responsabilidade de seu sucesso escolar, não se ensina a quem não quer aprender. Sejam comprometidos.”
Dança sobre rodas
Um Vilão para as mulheres
Noticiência:O que é o câncer de mama?
Rodrigo:O câncer de mama é a patologia maligna que ocorre quando existe uma modificação celular em tecido mamário com crescimento anormal e desordenada desse tecido. A causa especifica para ocorrer essa transformação não é conhecida, mas existem riscos para ela que isso aconteça, como por exemplo, alguns tipos de nódulos ou lesões ditas precursoras, histórico familiar de câncer de mama, antes de entrar em menopausa. A obesidade, o uso de terapia de reposição hormonal em pós menopausa também pode oferecer um maior risco.
Noticiência:Quais são os tipos de câncer de mama existentes?
Rodrigo:Os principais tipos de câncer de mama são classificados conforme o local onde ocorreu a modificação celular, nos ductos mamários - chamado de câncer ductal 80% dos casos ou se nos lóbulos mamários é chamado de lobular - 15% dos casos e existem outros tipos celulares que são tidos como especiais que são mais raros.
Noticiência:Qual a forma de prevenção?
Rodrigo:A prevenção primária do câncer de mama seria afastar fatores de riscos que podem ser evitados. A prevenção também deve ser feita com exame de mamografia a partir dos 40 anos de idade, ou antes, se a paciente possuir fatores de risco. A associação de outros exames de imagem da mama pode ser analisada pelo médico - geralmente ginecologista e mastologista. A prática do auto-exame de mama deve ser estimulada para a mulher ter conhecimento da própria mama e no caso de dúvida procurar atendimento.
Noticiência:Como tratar?
Rodrigo:O tratamento deve ser individualizado conforme cada caso clínico. Para isso existe uma classificação do estágio da doença mamária, que pode estar localizada somente na mama em estágios iniciais ou ter localização em outros locais do corpo (as metástases). O tratamento é feito em algumas etapas: a cirurgia que pode ser a retirada total de mama (mastectomia) ou em casos iniciais somente a retirada de parte da mama (quadrantectomia). Na cirurgia também é feita a retirada de glângios axilares (linfonodos) para avaliação de seu comprometimento pela doença e também servem como um fator prognóstico da evolução da doença. A quimioterapia que tem por finalidade atingir células do câncer em outros locais fora da mama pode ser realizada com diferente drogas e períodos de duração. A radioterapia serve para um controle local da doença e prevenir a recidiva da lesão. Existem os tratamentos direcionados para específicos tipos de câncer de mama em que a paciente fica em uso de medicamentos para bloqueio hormonal por geralmente cinco anos. A paciente deve receber orientação de fisioterapia e apoio psicológico durante o tratamento.
Noticiência:Há alguma novidade ou algum estudo em andamento mais recente?
Rodrigo:A maioria dos estudos em andamento procuram otimizar o tratamento do câncer. Ultimamente estão direcionados em estabelecer as características inclusive genéticas da lesão para melhorar a resposta e efetividade do tratamento. Na área cirúrgica estão direcionados para fazer o tratamento oncológico adequado e minimizar o dano estético e funcional da paciente.
Qual é a chance do câncer de mama voltar, depois de tratado?
As chances de cura de um câncer de mama são muito boas, em média de 80 a 90% quando identificado e tratado adequadamente em estágios inicias da doença, como as lesões pequenas que ainda não são sentidas pelo exame físico da mama e conseguem ser vistas em mamografia. Conforme a gravidade da lesão essa chance de cura vai sendo diminuída.
Noticiência:Como se faz o diagnostico precoce do câncer de mama?
Rodrigo:Normalmente, através de visita médica periódica e exames de imagem da mama, sendo a mamografia o principal. Conforme a situação clinica pode ser associado a ecografia ou ressonância magnética de mamas.
Noticiência:Quais são os tipos mais freqüentes de câncer de mama?
Rodrigo:O tipo mais freqüente de câncer de mama é chamado de carcinoma ductal invasivo.
Noticiência:Qual o de maior incidência em Santa Maria? E quantos casos de câncer de mama são descobertos por ano em Santa Maria?
Rodrigo:Santa Maria segue o padrão nacional, sendo o mais freqüente o ductal invasivo. Ainda temos uma demora importante de diagnóstico precoce do câncer a nível local como também a nível nacional. Em 2010 a incidência nacional de câncer de mama foi de 49 mil e 240 novos casos. O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente em mulheres, perde apenas para os de pele.
Noticiência:Quando a pessoa descobre que está com câncer de mama, a quem deve recorrer?
Rodrigo:Preferencialmente a um mastologista, que um profissional adequado para direcionar o tratamento conforme o caso clínico.
Noticiência:Tem como descobrir se o câncer de mama tem chance depois de tratado, voltar?
Rodrigo: A paciente após o diagnóstico e tratamento inicial fica sob acompanhamento principalmente com o mastologista e com o oncologista nos primeiros anos que são os de maior risco de retorno da doença conforme o caso.
Noticiência:Há pesquisas sobre câncer de mama em Santa Maria?
Rodrigo: Sim, principalmente no Hospital Universitário de Santa Maria, são desenvolvidos trabalhos visando melhor conhecimento e tratamento da doença
Evelyn Paz e Luana Baggio
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
O mundo está menos violento
O resumo de seus argumentos foi publicado como artigo de opinião na edição de hoje da revista científica "Nature" , e remetem ao seu novo livro ainda sem tradução no Brasil - "The Better Angels of Our Nature". Nele, Pinker argumenta que os "anjos bons da nossa natureza" estão vencendo a disputa pela alma humana. Refutando a teoria do bom selvagem, o cientista faz uma análise dos processos históricos que indicam a queda da violência. A primeira delas decorreria do fortalecimento dos Estados a partir do século XVI. A centralização do poder e da riqueza na figura do rei regrou os conflitos entre a nobreza que costuma guerrear entre si. A segunda frente redutora, afirma ele, vem em consequência da invenção da imprensa, o que favoreceu a circulação de ideias entre todas as camadas sociais, e o Iluminismo resultante desse processo. A ênfase no debate racional e a redescoberta das ideias democráticas marcaram o universo intelectual europeu, ampliando a gama de temas debatidos e a inclusão, nesse processo, das questões relativas aos direitos dos humanos e de gênero. Para ele, o debate iluminista levou ao lento mas crescente predomínio da democracia como regime de governo, o que também diminuiu guerras. Ao mesmo tempo, o avanço do comércio internacional tornou os países cada vez menos interessados em guerrear pelas riquezas, afirma Pinker.
Da Redação.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Tecnologia, conhecimento e educação
Por Laudia Bolzan.
Jogos ajudam estudantes no aprendizado escolar
Sistema de purificação de água por radiação solar é apresentado no XVSEPE
Pesquisa relata terapia voltada aos pacientes soropositivos em Santa Maria
Chá pode auxiliar no controle da Diabetes tipo 2
Os resultados foram apresentados durante o penúltimo dia de atividades do XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS. A pesquisa, que teve duração de 10 meses, fez uma avaliação nutricional com dois grupos: o grupo-teste, que tomava o chá; e o grupo controle. A intenção era fazer um monitoramento das possíveis mudanças do metabolismo dos pacientes. “Queríamos ver qual grupo ia ter a diminuição do fator hiperglicêmico. Sabemos que o chá ajuda na diminuição da glicemia”, afirma Fabiane.
Foram selecionados indivíduos de Unidades Básicas de Saúde dos três municípios com maior índice de glicemia do Vale do Taquari (Estrela, Teutônia e Lajeado). De acordo com a estudante, o chá é muito utilizado pela população do Vale do Taquari, encontrado com bastante facilidade dentro das casas e pátios. Por isso, verificar as ações deste fitoterápico no metabolismo dos indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2 é importante. “Como é uma planta muito comum, a população que possui este tipo de doença não precisa utilizar muitos medicamentos. Elas podem utilizar este chá para baixar os índices de glicemia”, ressalta Fabiane.