Na
noite da última terça-feira, 25 de agosto, ocorreu a abertura do XV Seminário
Internacional de Letras (InLetras), no Salão de Atos do Conjunto III no Centro Universitário
Franciscano. A 15ª edição do seminário propõe uma programação variada com
oficinas, palestras e conferências. O tema discutido nesse ano aborda múltiplas
linguagens e letramentos. Diferentes professores de Santa Maria e de fora
participarão do evento durante todo o dia ao longo da semana, até a próxima
sexta-feira, 28 de agosto.
Angela Paiva Dionísio da UFPE. Foto: Júlia Trombini. Lab. Fotografia e Memória |
A
mesa temática da noite dessa terça “Multiletramentos” foi mediada pela
professora Profª. Drª. Angela Paiva Dionísio, da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) e composta por três pessoas. Prof.ª Drª. Désirée
Motta-Roth, Prof.ª Drª. Graciela Rabuske Hendges e Prof.ª Drª. Luciane Kirchhof
Ticks, ambas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Discussões importantes foram levantadas pelas integrantes da mesa, como por
exemplo, a importância do envolvimento com o academicismo e com a produção de
material científico para as próximas gerações. Segundo a professora Désirée
Motta-Roth é fundamental que se faça
ciência e que se tenha essa implicação com a pesquisa e produção científica,
dentro na área do curso de letras e em todas as outras.
A
professora da UFSM Luciane Ticks enfatizou a produção acadêmica como uma
necessidade para as próximas gerações. O envolvimento da atual geração com a
produção científica e com pesquisas e reflexões será de enorme riqueza, para os
que buscam de informações autênticas, que foram investigadas e analisadas por
uma pessoa ou até mesmo por um grupo de pesquisa.
A
questão da linguagem de das novas mídias também foi levantada durante a mesa
temática. A professora Graciela Hendges ressalta que as novas tecnologias
digitais foram capazes de mudar a maneira como livros e materiais didáticos,
por exemplo. A força da imagem e de outros elementos semiológicos como vídeos,
ilustrações e outras ferramentas, tem sido cada vez mais aliadas ao texto. Para
exemplificar essa questão, a pesquisadora exibiu três exemplos distintos de
livros didáticos utilizados para compreender o corpo humano. Os livros tinham
diferenças de décadas e era perceptível a invasão de imagens, ilustrações
elaboradas e até mesmo com imagens reais da anatomia humana. Para Graciela é
importante que nos adaptemos a essas formas de produzir textos científicos
assim como outros gêneros textuais, já que as gerações atuais estão cada vez
mais conectadas às mídias digitais.
Por Julia Machado
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