A quarta edição da pesquisa "Percepção Pública da Ciência,
Tecnologia e Inovação no Brasil", realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI), atualizou o levantamento sobre
interesse, grau de informação, atitudes, visões e conhecimento dos brasileiros em relação à
Ciência e Tecnologia (C&T), produzindo assim uma análise da evolução dessa percepção pública sobre
a área na última década.
A pesquisa de opinião teve como base um questionário com 105 perguntas, com amostra probabilística representativa de toda a população brasileira
com 16 anos ou mais, separada por gênero, faixa etária, escolaridade, renda
declarada, com cotas proporcionais ao tamanho da população.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados foram coletados entre os dias 22/12/2014 e 16/3/2015, em 1962
entrevistas realizadas em todas as regiões do Brasil. A caracterização dos entrevistados foi
feita por meio do levantamento do perfil sociodemográfico e de (auto) avaliação das condições
de vida e moradia.
O questionário de 2015 está baseado, em grande parte, nas perguntas das enquetes
nacionais de 2006 e 2010, com a finalidade de garantir a comparabilidade entre as edições e
possibilitar a análise da evolução histórica da percepção púbica sobre C&T no Brasil.
Os brasileiros declaram ter maior interesse por assuntos de C&T: 61% deles dizem
ser interessados ou muito interessados em C&T, uma média maior que para o tema
Esportes (56%), Moda (34%) ou Política (28%). O interesse por
temas correlacionados com a C&T, como Meio Ambiente e Medicina e Saúde, é elevado, com 78% para ambos, em comparação ao interesse por Religião (75%).
A TV é o meio mais usado para adquirir informações sobre C&T, 21% dos brasileiros
fazem isso com muita frequência e 49% com pouca frequência. A maioria declara
informar-se “nunca, ou quase nunca” sobre C&T nos outros meios de comunicação, como jornais, revistas, livros, rádio e conversas com amigos. Há um crescimento expressivo do uso da internet e das redes sociais, porém, o acesso à informação sobre C&T é pequeno para a maioria dos brasileiros
Apesar do aumento na procura por espaços científico-culturais, a visitação a museus e centros de
C&T continuam baixas. O acesso é ainda menor em camadas de renda e escolaridade mais baixas. Cresceu significativamente, de 2006 a 2015, a participação em feiras e olimpíadas de
ciências (de 13 % para 21%), na Semana Nacional de C&T (de 3% para 8%) e a visitação
a museus ou centros de C&T (de 4% para 12%). O
crescimento mais notável foi em regiões que eram menos favorecidas em termos de
infraestrutura de C&T e de divulgação científica. O aumento da visitação em
museus e centros de C&T foi mais intenso entre os jovens.
De acordo com a pesquisa, as atitudes dos brasileiros sobre C&T são positivas, prevalecendo a percepção
sobre seus benefícios, a confiança nos cientistas e nas suas motivações, bem como o
reconhecimento da importância do investimento público em C&T. O otimismo quanto aos
impactos da C&T vem crescendo desde 1987. O número de pessoas que acreditam que a C&T está associada “só a benefícios” para a
humanidade, continuou crescendo de forma expressiva, desde 1987, e hoje tal opinião
é a da maioria dos brasileiros. Isto ocorreu mesmo que, em 2015, tenha havido uma
retração na porcentagem de pessoas que acreditam que a C&T traz “mais benefícios
que malefícios”.
A maioria dos brasileiros (73%) declara acreditar que C&T traz
“só benefícios” ou “mais benefícios do que malefícios” para a humanidade, em 2010 este número alcançava 81%. A minoria (4%) acredita que os
malefícios sejam predominante. A opinião otimista prevalece em todas as faixas de
renda e escolaridade, assim como em todas as regiões do Brasil, sendo maior na região
Sul.
Em 2015, cresceu o número de brasileiros que considera a situação do país em pesquisa como atrasada: 43%, apoiando o aumento do investimento público em C&T. A maioria da população (78%) defende ideia de que devem ser feitos mais investimentos de recursos públicos em C&T. Grande parte dos brasileiros apontam que a principal razão para não haver um
desenvolvimento em C&T no país é a insuficiência de recursos. Para eles, a área
prioritária para investimento, é a dos
medicamentos e tecnologias médicas.
Através de uma escala de 1 a 10, foram abordadas questões que preocupam os brasileiros e nas quais a C&T está envolvida. O maior índice de preocupação ficou com o desmatamento da Amazônia (9.2), seguido por efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global (9), uso de
pesticidas na agricultura (8,4), uso da energia nuclear (8,1) e plantas transgênicas ou
comida com ingredientes transgênicos como possíveis causadoras de doenças (7,9).
É baixo o número de brasileiros que conhecem instituições que se dedicam a fazer pesquisa científica, assim como, saibam quem sãos os grandes cientistas nacionais.Uma pequena parcela da população consegue lembrar o nome de algum cientista brasileiro importante ou de alguma instituição de pesquisa. Em 2015, apenas 12% dos brasileiros se lembraram de alguma instituição que faça pesquisa no País e só 6% lembraram o nome de um cientista brasileiro. Esses números são menores que os da enquete de 2010 (18% e 12%, respectivamente).O desconhecimento entre os jovens é particularmente significativo e também esta presente entre pessoas com título superior.
É baixo o número de brasileiros que conhecem instituições que se dedicam a fazer pesquisa científica, assim como, saibam quem sãos os grandes cientistas nacionais.Uma pequena parcela da população consegue lembrar o nome de algum cientista brasileiro importante ou de alguma instituição de pesquisa. Em 2015, apenas 12% dos brasileiros se lembraram de alguma instituição que faça pesquisa no País e só 6% lembraram o nome de um cientista brasileiro. Esses números são menores que os da enquete de 2010 (18% e 12%, respectivamente).O desconhecimento entre os jovens é particularmente significativo e também esta presente entre pessoas com título superior.
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