O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) realizaram a quarta edição da pesquisa: Percepção Pública da Ciência,
Tecnologia e Inovação no Brasil em 2015. A primeira edição dessa pesquisa no país foi realizada em 1987, seguindo países como Estados Unidos, Índia, China e Japão, que já aplicavam o estudo.
A pesquisa teve como principal objetivo conhecer o nível de interesse da população por questões relacionadas à ciência e a tecnologia e também como é o acesso delas a esse tipo de informação.
Esta pesquisa teve como base um questionário com 105 perguntas, com amostra probabilística representativa de toda a população brasileira
com 16 anos de idade ou mais. identificadas em subgrupos com semelhanças em relação à idade, escolaridade, renda, etc.
Os resultados da pesquisa mostraram que a população brasileira em geral se interessa pelos assuntos relacionados à ciência, embora o acesso a elas ainda seja difícil, especialmente para a população com uma renda menor. O principal meio de comunicação elegido pelos entrevistados foi a televisão, mesmo com o crescente interesse pelas redes sociais, a televisão é o principal meio para a busca de informações, ganhando não só da internet, como também de jornais, revistas e rádio.
Cerca da metade dos brasileiros avalou que os meios de comunicação noticiam de
maneira satisfatória as descobertas científicas e tecnológicas, embora 20% achem que essa
divulgação é feita de forma parcialmente satisfatória e, em igual proporção,
consideram que a informação não é satisfatória, tanto no que se refere ao número de
matérias quanto à qualidade do conteúdo divulgado. Entre os principais motivos para considerar a divulgação da mídia insatisfatória, se encontram reclamações referentes ao número de matérias, fontes não confiáveis, tendenciosidade, etc.
A participação do brasileiro em feiras e olimpíadas de ciências, assim como a visitação à centros culturais e museus aumentou significativamente de 2006 a 2015, embora ainda possa ser considerada baixa em relação à países europeus.
De uma maneira geral, os brasileiros apoiam e se interessam pelo campo da ciência, avaliando de forma positiva os avanços feitos nesta área no país, se unindo aos outros países ao acreditar que resultados benéficos do desenvolvimento científico e tecnológico são
maiores que os malefícios Porém, a maioria
dos brasileiros afirma se preocupar com riscos decorrentes do
desenvolvimento científico e tecnológico. Por exemplo, mais da metade dos entrevistados veem a área da ciência e tecnologia como principal responsável por problemas como desmatamento e poluição.
Comparado os resultados à primeira pesquisa feita, percebemos que o brasileiro se tornou muito mais confiante com os estudos científicos realizados em seu país, deixando para trás a ideia de que o país é atrasado nesse quesito. Eles também reconhecem que o grande fator para que não haja um desenvolvimento maior é a falta de recursos, já que, assim como em muitos países, a área de prioridade é a de medicamentos e tecnologias médicas.
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