Os transgênicos estão presentes em quase tudo que é consumido no nosso dia
a dia. Desde o café da manhã, até a última refeição que feita, se ingere uma
quantidade considerável de produtos transgênicos. Mas afinal, o que de fato é um produto transgênico? Segundo especialistas, são alimentos que têm sua estrutura genética
modificada, isto é, sua estrutura é alterada a fim de que as bactérias e
pragas não ataquem o broto, e ele chegue como um produto esteticamente bonito nas
prateleiras do supermercado.
Os transgênicos não se limitam apenas às frutas,
legumes e verduras. Eles estão espalhados, inclusive em produtos
industrializados. Toda vez que um produto apresenta na embalagem um “T” com
um triângulo em volta, quer dizer, que esse alimento, tem alguma substância que
foi geneticamente modificada em sua composição. A rotulagem que identifica quando o
produto é ou não transgênico é obrigatório no Brasil. Porém, um projeto de lei tramita no Congresso Nacional para que as indústrias não
tenham mais a obrigação de colocar tal identificação na mercadoria. Esse
projeto gera polêmicas entre os latifundiários e empresários que defendem a
lei e, os profissionais da saúde que o condenam por que querem assegurar a saúde do consumidor.
Segundo o médico
pediatra Lucas Corrêa,em crianças, o consumo em excesso de alimentos que contenham
substâncias geneticamente modificadas pode gerar um aumento
significativo de alergias, uma intolerância a antibióticos, além de outras
complicações. “É preciso ficar atento com os produtos que as crianças
consomem, pois é nessa fase da vida que começamos a formam o paladar. Optar
por alimentos saudáveis, não é tarefa fácil, pois certos tipos de alimentos,
como verduras, frutas são facilmente rejeitados pelos pequenos. Entretanto, é
preciso oferecer mais vezes”, explica o pediatra, que alerta sobre a importância de observar as embalagens
para ver se contém ou não substâncias transgênicas nos alimentos consumidos pelos pequenos.
Quando questionado sobre
o projeto de lei, o médico explicou que é um atentado contra a
saúde, pois, segundo ele, o cidadão deve saber que tipo de alimento está
consumindo. Além disso, o pediatra alerta que os riscos do consumo desse tipo
de produto, não são apenas para crianças. “Há riscos para todas as idades, principalmente
crianças e idosos, pelo fato de que eles são mais vulneráveis a adoecer”,
finaliza.
Siqueira também alerta
para não ser feito terrorismo sobre os produtos. Em muitos casos, é
preciso utilizar produtos geneticamente modificados: “é preciso que haja um
equilíbrio, porque os transgênicos são necessários, mas não devem ser usados de
forma demasiada, pois se usado demais traz riscos”, comenta.
Conforme o jornal on line O Progresso de
Minas Gerais, o Brasil consumia em 2009 5,2 quilos de veneno agrícola
habitante/mês. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), alerta que o uso de
agrotóxicos pode causar infertilidade, aborto, modificações no sistema
imunológico e câncer.
Corrêa orienta
as pessoas a comprarem legumes, frutas e verduras, em feiras orgânicas, ou
escolher produtos hidropônicos, isto é, a base de água. “Comprar verduras e
hortaliças no supermercado, pode parecer saudável, mas não é. É preciso
verificar a procedência do alimento antes, caso contrário fará tantos
malefícios quanto o refrigerante”, finaliza.
Por Laíz Lacerda e Pedro Corrêa
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