A
fotografia tem o poder simbólico de retratar uma mesma realidade sobre
perspectivas diferentes e, assim, podendo revelar os anseios do fotógrafo em
contar determinada história. Com os
adventos tecnológicos, a fotografia se tornou ainda mais presente no cotidiano social tanto no registro quanto no consumo de imagens.
Em artigo publicado na edição de junho de 2015 - da Revista Galáxia (PUC-SP) - as autoras Ana Taís Martins Barros e Anelise Angeli De Carli, analisaram como o imaginário das marcas territoriais emerge no fotojornalismo quando as redes de comunicação expandem os espaços nacionais para além de seus limites geográficos.
Foram escolhidos os jornais mais populares a fim de observar o comportamento do imaginário do espaço e do território no Oriente e no Ocidente, sendo selecionados os seis continentes tradicionais. As fotografias foram destaque dos jornais na mesma data, 27 de dezembro de 2013. Para embasar a análise das imagens, as autoras utilizaram as noções de imaginário do pensador francês Joël Thomas e da simbologia da imagem de Gilbert Durand.
São feitas as leituras das capas das edições online dos jornais para explicitar a noção do imaginário dos leitores de cada país. As fotos foram escolhidas aleatoriamente, no momento em que foram abertos os sites, para ressaltar o caráter randômico do leitor. Foram elencados os seguintes jornais: Al-Ahram (Egito); The New York Times (Estados Unidos); O Globo (Brasil); The People’s Daily (Pequim); The Guardian (Reino Unido) e The Sydney Morning Herald (Austrália).
De acordo com a pesquisa, vivemos em uma era imagética, onde a quantidade de imagens produzidas é imensa, devido aos dispositivos que facilitaram o processo de divulgação. A subjetividade das fotografias usadas gera uma noção de ligação territorial em cada jornal em que são utilizadas.
Após análise dos elementos de composição e conteúdo de cada fotografia, as autoras evidenciaram a falta de eficácia simbólica. O fotojornalismo acaba por ser enfraquecido pelo volume de fotografias que circulam na rede. É notada a falta de potencial de sensibilização em retratar o assunto.
“As diferenças entre as várias partes do mundo parecem pasteurizadas, mas não por iniciativa das culturas locais, preocupadas em construir uma identidade própria, que supere localismos e que fale de uma unidade nacional ou mesmo continental, e sim por efeito de dispositivos jornalísticos, como o critério de noticiabilidade e o valor-notícia”.
Em artigo publicado na edição de junho de 2015 - da Revista Galáxia (PUC-SP) - as autoras Ana Taís Martins Barros e Anelise Angeli De Carli, analisaram como o imaginário das marcas territoriais emerge no fotojornalismo quando as redes de comunicação expandem os espaços nacionais para além de seus limites geográficos.
Foram escolhidos os jornais mais populares a fim de observar o comportamento do imaginário do espaço e do território no Oriente e no Ocidente, sendo selecionados os seis continentes tradicionais. As fotografias foram destaque dos jornais na mesma data, 27 de dezembro de 2013. Para embasar a análise das imagens, as autoras utilizaram as noções de imaginário do pensador francês Joël Thomas e da simbologia da imagem de Gilbert Durand.
São feitas as leituras das capas das edições online dos jornais para explicitar a noção do imaginário dos leitores de cada país. As fotos foram escolhidas aleatoriamente, no momento em que foram abertos os sites, para ressaltar o caráter randômico do leitor. Foram elencados os seguintes jornais: Al-Ahram (Egito); The New York Times (Estados Unidos); O Globo (Brasil); The People’s Daily (Pequim); The Guardian (Reino Unido) e The Sydney Morning Herald (Austrália).
De acordo com a pesquisa, vivemos em uma era imagética, onde a quantidade de imagens produzidas é imensa, devido aos dispositivos que facilitaram o processo de divulgação. A subjetividade das fotografias usadas gera uma noção de ligação territorial em cada jornal em que são utilizadas.
Após análise dos elementos de composição e conteúdo de cada fotografia, as autoras evidenciaram a falta de eficácia simbólica. O fotojornalismo acaba por ser enfraquecido pelo volume de fotografias que circulam na rede. É notada a falta de potencial de sensibilização em retratar o assunto.
“As diferenças entre as várias partes do mundo parecem pasteurizadas, mas não por iniciativa das culturas locais, preocupadas em construir uma identidade própria, que supere localismos e que fale de uma unidade nacional ou mesmo continental, e sim por efeito de dispositivos jornalísticos, como o critério de noticiabilidade e o valor-notícia”.
Renan Mattos
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