Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta cerca 350 milhões de
pessoas no mundo, sendo que 60% são mulheres. Uma doença comum, mas que as
pessoas têm dificuldade em aceitar por se tratar de um transtorno mental,
adiando um diagnóstico precoce.
Os primeiros apontamentos são, às vezes, confundidos com sentimentos naturais do indivíduo, como desânimo, tédio, fadiga. Quando esses sentimentos começam a afetar o nosso humor, seja no trabalho, na vida particular, perda de sono, configura-se um quadro de depressão.
E
os livros de autoajuda podem amenizar essa depressão?
Para
a psicóloga Juliana Novo Coutinho, a autoajuda é uma literatura perigosa, pois
passa uma falsa ideia do conhecimento e das práticas da psicologia. Psicologia
é ciência. Autoajuda é inconsistente e cheia de promessas, relata Juliana.
“Qualquer
busca por ajuda, por menor que ela seja, por mais errada que ela possa parecer,
já deve ser exaltada. Hoje, a grande maioria das pessoas se isola num mundo particular
e ali padecem com seus problemas. Com isso, concluímos que esse é o sentimento
que deve transparecer para o povo em geral. O primeiro passo deve sempre partir
da própria pessoa”, afirma Coutinho.
O
pedido de atenção parte da educadora Nelci Procopio, atuante há 35 anos no
mercado de trabalho santa-mariense. O discurso corrobora com a ideia relatada
pela grande maioria dos profissionais da área. Embora sem um caráter técnico
aprofundado, Nelci acredita que a ajuda através da leitura, por si só, já muda
o panorama da doença e chama atenção.
“É
importante a participação da família. As pessoas mais próximas são, muitas
vezes, mais importantes em um tratamento do que um especialista na área. A
grande maioria desses casos acontece devido ao paciente se sentir improdutivo,
inexistente para as pessoas que o cercam. Logo, para isso não acontecer,
deve-se municiar com muito carinho e atenção estes que sofrem dessa lacuna”, conclui
a educadora.
Livros de autoajuda. Foto: Yasmin Lima |
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