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Você já percebeu que a ciência em geral se torna mais acessível quando é apresentada na televisão? Pelo menos a linguagem utilizada nos programas de canais abertos simplifica termos técnicos para a população.
Esse foi um dos tópicos apresentados em entrevista coletiva pela professora Najara Ferrari Pinheiro. Ela esteve presente em aula na turma de Jornalismo Especializado II, no Centro Universitário Franciscano, para discutir com os alunos sobre a midiatização da ciência. A professora é graduada em Letras-Português/Francês e em Comunicação Social - habilitação em Relações Públicas. Ainda possui doutorado em Ciências da Comunicação e Pós-Doutorado Júnior no LABLER/PPGLETRAS/UFSM. Tem ênfase em análise crítica do discurso e análise de gêneros.
Linguagem da ciência na televisão
"Os apresentadores e produtores de programas científicos são pessoas extremamente especializadas. A linguagem deles é outra. Eles são preparados, diferenciados", comenta Najara. A partir dessa análise, podemos observar que a divulgação de ciência não é simples. Simples é a linguagem utilizada: mas para conseguir "traduzir" termos específicos, é preciso conhecer a ciência e o interesse do público.
Para exemplificar a descrição do profissional que faz essa mediação, Najara citou o programa Bem Estar, da rede Globo.
Fernando Rocha e Mariana Ferrão, apresentadores do programa bem Estar (Foto: Divulgação/TV Globo) |
O papel da televisão
Grande parte dos programas que tratam de saúde buscam informar a população sobre prevenção de doenças. "Cada vez mais as questões de saúde são deixadas de lado pelo governo, e a televisão procura dar atenção à prevenção de doenças", justifica Najara.
E não é só sobre saúde que os telespectadores recebem esclarecimentos: "No Globo Ecologia, quando eles decidiram falar sobre a água, tinha uma equipe de mais ou menos 20 pessoas especializadas para construir o programa. Então o que aparece não é qualquer coisa: as informações foram muito bem tratadas para chegas ao público", conta a professora. Essa é a prova de que ciência pode sim se tornar acessível a todos, mas exige uma mediação de profissionais capacitados.
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