Artur Avila tinha 16 anos quando recebeu a medalha de ouro na Olimpíada internacional de Matemática. Formou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursou o Pós Doutorado no Collége de France, em seguida ingressou no Centro Nacional de Pesquisa Científica, onde foi o mais jovem a se tornar diretor de pesquisa, cargo que acumula, junto com o de pesquisador do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada). Hoje com 30 anos recebeu um convite para proferir uma conferência plenária no Congresso Internacional de Matemática na Índia, devido á várias premiações na área.
Em meio à rotina produtiva do pesquisador, passando metade do ano no Brasil, metade na França e viagens por conta dos eventos matemáticos internacionais, as pesquisas oscilam de forma constante, por vezes estagnam e outras aceleram o ritmo de trabalho. Para ele, a aplicação e utilidade não são as principais motivações envolvidas e sim, o conhecimento em si.
As três áreas que estão sendo trabalhadas pelo pesquisador Artur Avila, e que serão destacadas no congresso da Índia, são Dinâmica Unidimensional, Operadores de Schrodinger e Fluxo de Teichmuller, que explicam as relações entre Física-matemática.
Em entrevista concedida à revista Ciência Hoje (Revista de divulgação Cientifica da SBPC), o pesquisador também fala o porquê de poucas pessoas se especializarem nesta área. Segundo ele, o problema começa na escola que não desperta interesse no aluno em estudar matemática. Mantendo um arcaico sistema de resolução de fórmulas, tornando a matéria massiva e complexa. Artur acredita que se perdem muitas vocações, devido à falta de exposição dos aspectos interessantes da matemática.
Uma importante ação para divulgação do campo são as olimpíadas matemáticas, pois atingem um grande público, motivando pessoas interessadas que precisam ser expostas e estimuladas.
Por Carla Tavares e Luyany Beck
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