O XII SEPE, Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, promovido pelo Centro Universitário Franciscano teve início na manhã desta quarta-feira,05, com o tema "Nanociências na Universidade". Simultaneamente acontece o 4º Salão da Iniciação Científica.
Na abertura do evento foi homenageado o professor Jefferson Thadeu Canfield, ex-pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da Unifra, e fundador do SEPE, que teve sua primeira edição em 1997.
Nessa edição foram inscritos cerca de 800 trabalhos entre posteres e relatos orais, apresentados de hoje a sexta-feira, pelos participantes do evento.
Pesquisador discute a Nanociência e a sua relação com a vida cotidiana
Após a abertura do XII SEPE, a primeira palestra trouxe o professor e pesquisador Ricardo Azevedo, da Universidade de Brasília. Biólogo, Azevedo relatou as pesquisas desenvolvidas na área da Nanotecnologia e suas aplicações na vida cotidiana. Segundo ele, embora os parâmetros das conseqüências da aplicação da nanotecnologia ainda seja desconhecidos em sua totalidade, trata-se sim de uma redescoberta de mecanismos presentes desde sempre na natureza. Didático,Azevedo exemplificou com "a lagartixa utiliza pêlos em escala nanométrica para se prender na parede. Isso é também Nanotecnologia".
Segundo ele, as pesquisas indicam a possibilidade de avanço principalmente na área do tratamento de doenças como o câncer. Através dos nanômetros, é possível conduzir o medicamento diretamente à área lesada, sem que ele atinja o organismo, reduzindo os efeitos colaterais dos tratamentos. Ao mesmo tempo, as descobertas podem auxiliar o controle da infecção hospitalar a partir da aplicação na produção têxtil, de nanômetros capazes de impedir a proliferação bacteriológica . Com isso roupas, toalhas e lençóis utilizados em hospitais estariam livres de bactérias e resíduos.
O pesquisador ressaltou também que o alto custo das pesquisas com Nanotecnologia reflete nos resultados até agora encontrados. Nesse sentido, salientou a importância da iniciativa do Centro Universitário Franciscano em investir na pesquisa e na pós-graduação na área. A Unifra instalou o primeiro mestrado em Nanociências do Brasil.
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