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terça-feira, 21 de outubro de 2008

O biochip do câncer

Engenheiros da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, criaram um minúsculo biochip wireless que pode ser injetado em tumores cancerígenos, informando aos médicos, em tempo real, a dose exata de radiação e o alvo preciso do tumor para o qual o tratamento contra o câncer, a Radioterapia, deve ser direcionado.
A informação deverá ajudar não apenas a diminuir a dose de radiação à qual os pacientes deverão se submeter, como também aumentar a eficiência do tratamento, eliminando de forma plena os tumores. "Como os órgãos e tumores movem-se no interior do corpo durante o tratamento, precisamos de uma nova tecnologia para informar aos médicos a dosagem exata de radiação efetivamente recebida pelo tumor," diz o médico radiologista Alberto Oliveira.
O biochip consiste em um aparelho chamado dosímetro, capaz de fazer medições dos níveis de radiação automaticamente e enviar os resultados por meio de uma conexão sem fios.

A transmissão é feita por meio da rádio - freqüência, um minúsculo aparelho de rádio de baixa potência que dispensa o uso de baterias no transmissor, permitindo um grande nível de miniaturização. O dosímetro é hermeticamente encapsulado em uma ampola de vidro, sendo inserido no corpo do paciente por meio de uma seringa. "É um dosímetro de radiação e um dispositivo de rastreamento de posição dentro da mesma cápsula hermeticamente selada, de forma que ela não precisará ser removida do corpo," explica o médico Alberto.
Os testes clínicos com o novo dispositivo deverão começar apenas em 2010. Até lá se espera que o aparelho esteja com uma dimensão ao redor de 0,5 milímetro, com circuitos ainda menores e com mais potência, ressalta Oliveira. Essa será uma nova forma de auxílio para melhorar a qualidade do tratamento contra o câncer, além do maior controle de radiação incidida no paciente.

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