Antônio Hohlfedlt ministrou oficina no XV InLetras. Foto: Lucas Cirolini. Lab. Fotografia e Memória |
Ocorreu
na tarde desta quinta-feira, 27, no salão acústico do prédio 14 do conjunto III
do Centro Universitário Franciscano mais uma das oficinas oferecidas pelo XV
Seminário Internacional em Letras. O
convidado da vez foi o Prof. Dr. Antonio Carlos Hohlfeldt (PUCRS).
Formado em
Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com mestrado e
doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Hohlfeldt, tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura
Sul-Rio-grandense e Brasileira, além de experiência na área de Comunicação
Social, especialmente em Teoria da Comunicação e História do Jornalismo, além
de trabalhar outros temas como artes cênicas e criação dramática.
Hohlfeldt também se aventurou
na política. Foi vereador de Porto Alegre por quase 20 anos e
vice-governador do Rio Grande do Sul no mandato de Germano Rigotto. Atualmente
é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Hoje,
27, ocorreu a primeira parte de oficina ministrada pelo professor Hohlfeldt,
que terá sua segunda parte amanhã no mesmo horário, 15h30min no salão acústico do
prédio 14, localizado no conjunto III.
A Oficina
Nesta primeira parte, foram distribuídos três textos, para serem lidos e discutidos em aula, porém ficaram dois textos ainda para amanhã.
A Oficina
Nesta primeira parte, foram distribuídos três textos, para serem lidos e discutidos em aula, porém ficaram dois textos ainda para amanhã.
“Testemunho
de Cidade de Deus”, de João Antonio, foi o texto usado para exemplificar um
tipo de narrativa antigamente usada, já que o texto em questão retrata a
chamada Cidade de Deus nos anos 60 e 70. A narrativa se torna tão especial, porque na sua primeira parte o autor coleta declarações de alguns moradores da
triagem da Cidade de Deus, sem dar sua opinião, mas os induzindo a declarações significativas. João descreve os moradores de forma forte, mostrando sua carência,
falta de conhecimento e problemas, tanto de saúde, como financeiros.
No segundo subtítulo de seu texto, João
Antonio escreve depoimentos próprios, ou seja, após ouvir o lado dos moradores,
ele tenta ir até o local e descrever o que vê, de maneira imparcial. Mais uma
vez, os problemas encontrados são horríveis, fossas a céu aberto, maltrapilhos,
roubos e marginalidade, tudo que os moradores já o haviam contado.
Em um terceiro momento, talvez o mais importante, o autor descreve como todos esses problemas eram tratados na mídia, de forma subliminar, fugindo dos reais problemas, sem fque o jornalista cumpra a sua função: mostrar a verdade.
Maior exemplo desse descaso da imprensa à época foi a realização na Cidade de Deus, do tão conhecido projeto “Rondon”, e quando foi divulgado que o único problema na comunidade seria três crianças sub-alimentadas. Ou seja, mais uma vez a imprensa camuflando a verdade.
O autor conseguiu mostrar que o jornalista além de informar, tem que interpretar e projetar aquilo que pode ser feito.
Em um terceiro momento, talvez o mais importante, o autor descreve como todos esses problemas eram tratados na mídia, de forma subliminar, fugindo dos reais problemas, sem fque o jornalista cumpra a sua função: mostrar a verdade.
Maior exemplo desse descaso da imprensa à época foi a realização na Cidade de Deus, do tão conhecido projeto “Rondon”, e quando foi divulgado que o único problema na comunidade seria três crianças sub-alimentadas. Ou seja, mais uma vez a imprensa camuflando a verdade.
O autor conseguiu mostrar que o jornalista além de informar, tem que interpretar e projetar aquilo que pode ser feito.
Por Guilherme Motta
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