Os riscos
que uma medicação feita de maneira errada pode trazer perigo e este perigo aumenta quando estamos falando de crianças. É preciso saber como os
medicamentos são aprovados e porque alguns deles são retirados do mercado. Quando se desenvolve um novo medicamento por uma empresa farmacêutica, depois e testado ele é enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recebe
o registro para ser disponibilizado no mercado. O remédio deve estar de acordo
com todas as normas sanitárias em vigor se a droga funciona e em quais
condições.
Lilian Vasconcellos e seu filho Leon. Medicar sempre é preocupante. Fotos: Gisele Fernandes |
Com o passar
do tempo, os pais vão adquirindo experiência, e conhecendo melhor os sintomas
das doenças dos filhos. Reações como: febre, vômito e indisposição, até mesmo
uma gripe comum que dura entre 5 a 7 dias não significa que a melhor
alternativa seja a automedicação. O certo seria levar a criança no hospital
mais próximo, ou ligar para o pediatra quando possível.
"É muito
importante a ida ao pediatra para um diagnóstico e a indicação certa do
remédio, e nunca esquecendo de saber se a criança tem alguma alergia sob
certa substancia que o remédio pode conter. Algumas vezes os pais desconhecem
o fato de que crianças não são miniaturas de adultos, e precisam de prescrições
que respeitem as medidas corporais, o peso e a faixa etária”, alerta pediatra Pedro Orso.
O problema é que quase sempre a ‘salvação’ é buscada
onde não deveria: no armário da cozinha. Uma nova pesquisa da Universidade de
Michigan mostrou que 40% dos pais de crianças menores de 4 anos medicam os
filhos sem consultar um médico. A "automedicação" já virou uma cultura bastante
comum entre adultos e faz com que as pessoas mediquem os filhos com as
mesmas regras que adotam para elas mesmas.
Normalmente os xaropes são os mais usados pelos
pais, por serem comprados em qualquer farmácia e não precisar de receita
médica. Existem vários tipos, cores e sabores, por isso são os mais aceitos entre
as crianças do que os remédios tradicionais. O maior inconveniente, porém, é
que muitas vezes ele combate o sintoma, mas não a doença. Uma tosse pode ser
provocada por alergia, por pneumonia, por gripe. Se o pai tentar apenas
combater o sintoma, a longo prazo o problema pode evoluir para um quadro mais
grave.
Márcia Soares, mãe de Mauricio e Giovana. |
Mãe de Maurício, 3 anos, e de Giovana, 8, a
psicóloga Márcia Soares,quando leva os seus filhos no médico por algum motivo
de desconforto ou doença,fica aliviada ao saber que os seus filhos irão
melhorar. Por outro lado, sente um desconforto de saber que as crianças terão de
ingerir mais remédios, que muitas vezes possuem efeitos colaterais, que fazem
com que as crianças fiquem ainda mais indispostas.
Apesar da maioria das mães levar os seus filhos em um
pediatra, muitas delas também recorrem ao uso da internet ou melhor, do “senhor
google” para saber mais sobre os sintomas dos pequenos e se tranquilizarem
quanto a medicação que está sendo utilizada, é assim que Lilian Vasconcellos,
mãe de Leon 5 anos e Lua 15 faz uso do recurso da internet " Eu utilizo a internet
para saber as reações, mas nunca uso medicação por conta própria, porque a
doença pode ter avançado e a reação ser outra."
Quando se trata de automedicação tanto em adultos e
mais especial em crianças é questão de preocupação, pois cada remédio pode ter
reações diferentes em cada pessoa, por isso o importante é sempre consultar um
médico e fazer exames para ter certeza que o remédio receitado é o indicado,
sempre respeitando a "receita médica" para evitar superdosagens.
Gisele Fernandes e Danielle Carvalho