Manuel Calvo Hernando morreu aos 88 anos. Foto: arquivo. |
Os conceitos de difusão,
divulgação, jornalismo e comunicação, discutidos pelo jornalista Manuel Calvo
Hernando, se baseiam em Pasquali (1979),que os distingue da seguinte forma:
Difusão é o envio de mensagens
elaborado em códigos ou linguagens universalmente compreensíveis. É a totalidade
do universo receptor disponível em uma unidade geográfica, sociopolítica,
cultural etc. O que caracteriza esse tipo de difusão é que pressupõe que o
destinatário de uma mensagem conheça o tema.
· A divulgação seria o envio de mensagens,
elaborados mediante a transcodificação de linguagens críticas e linguagens
incompreensíveis à totalidade do universo receptor disponível. Na divulgação se
parte, em geral, de que a mensagem se dirige a um público formado por pessoas
de distinta preparação e, neste caso, a divulgação faz alguns científicos
informar o público dos resultados de suas investigações.
· Entende-se por disseminação o envio de
mensagens elaborados em linguagens especializadas a preceptores seletivos e
restringidos.
Assim, para Calvo Hernando, a divulgação
seria a tarefa de transmitir ao grande público, em linguagem acessível e decodificada,
informações científicas e tecnológicas. Suas formas são as conferências,
bibliotecas, cursos, revistas, cinema, rádio, jornal. Já a difusão científica é a
missão do investigador de transmitir ao público os conhecimentos sobre sua
disciplina. Por fim, a disseminação científica é a transmissão, por parte dos
investigados, de informações científicas e tecnológicas para seus pares ou
especialistas no mesmo setor da ciência.
Em tal cenário, o jornalismo científico consiste na missão do jornalista de divulgar, através dos meios de comunicação de
massa e linguagem acessível, informações científicas e tecnológicas, distinguindo-se da divulgação não pelo tema,mas sim o veículo a ser utilizado.
Para Hernando, o conceito de
divulgação científica é mais amplo que o de jornalismo científico. Compreende todo
o tipo de atividades de ampliação e atualização do conhecimento. A divulgação
nasce no momento em que a comunicação de um feito científico deixa de estar
reservada, exclusivamente, aos próprios membros da comunidade investigadora ou
as minorias que dominam o poder, a cultura ou a economia.
O jornalismo
científico, em sua tarefa de entregar o conhecimento a sociedade, é uma fonte
de ensinamento e aprendizagem que busca ser compreensível.
O jornalismo científico
manifestou sua maturidade como especialista informativo e como instrumento de
desenvolvimento e de educação ao celebrar, em Tóquio, a primeira Conferência
Mundial de Jornalistas Científicos (de 10 a 13 de novembro de 1992). Hoje, esta
especialidade não é só uma dimensão da sociedade tecnológica, mas também um
fator de câmbio e uma parte da indústria de conhecimento que produz, distribui
e transfere informação científica e tecnológica.
Pós-industrial
jornalismo científico
A melhoria da relação entre
ciência e jornalismo pode estar na expansão do que é considerado como
informação. Há certo limite de complexidade, além do qual o compromisso é opção
vital para a busca de sentido.
Se fornecer ao público
informações para ajudar a entender melhor o mundo ao redor é se comunicar, e se
a mídia, ciência e público está incluído na ideia de que comunicação não é
apenas um critério objetivo, a comunicação também reflexão e adaptação à
realidade.
Adaptado de Manuel Calvo Hernando : http://www.manuelcalvohernando.es/articulo.php?id=8
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