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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Carne de avestruz: uma nova opção na mesa do brasileiro

A carne de avestruz está sendo introduzida gradativamente no cardápio da população brasileira, como alternativa de alimentação nutritiva. Seu sabor é semelhante ao da carne bovina e nutricionalmente assemelha-se às carnes brancas.
O preço da carne de avestruz é elevado, se comparado às demais carnes que o brasileiro está acostumado a consumir como a bovina, a suína e a de frango, e talvez esse seja o maior motivo do baixo consumo da carne de avestruz no país.
A carne de avestruz é extremamente magra, sua composição média de lipídios totais é representada por 37,52% ácidos graxos saturados, 34,57% ácidos graxos insaturados e 27,91% ácidos graxos poliinsaturados. Os ácidos graxos essenciais não são produzidos pelo organismo humano, precisam ser obtidos através da alimentação. São eles: ácidos graxos poliinsaturados linoléico, Ômega 6 e o a-linolêico, Ômega 3. Estes ácidos são necessários para a produção de energia, desenvolvimento, metabolismo celular e atividade muscular, regulam diversas funções teciduais e celulares, reduzem os níveis de colesterol sangüíneo, por diminuição da fração LDL (lipoproteína de baixa densidade) e aumento da fração HDL (lipoproteína de alta densidade).
Outra característica da carne de avestruz é seu alto teor de proteínas e aminoácidos. Sua coloração é mais vermelha e escura do que a carne bovina, devido a alta quantidade de ferro em sua composição. Esta carne é uma boa opção para pacientes anêmicos. Os valores de sódio são baixos, o que é vantajoso para pessoas hipertensas ou doentes renais.
Devido o seu pH (potencial hidrogeniônico) ser elevado (6.2), a carne de avestruz torna-se ideal para produtos processados como hambúrgueres, salsichas e presuntos, o que a torna mais acessível à população.
A nutricionista e mestranda do Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSM, Tiffany Prokopp Hautrive, em pesquisa desenvolvida em 2006, testou a aceitação da carne de avestruz entre potenciais consumidores, como apreciadores de carnes e hambúrgueres, em Santa Maria. A pesquisadora elaborou três formulações de hambúrgueres, com diferentes percentuais de carne de avestruz. A formulação 1 é composta somente por carne bovina, a 2 é composta por carne de avestruz e bovina e a formulação 3 é composta somente por carne de avestruz. O hambúrguer de formulação 2, composto por 50% de carne de avestruz e 50% de carne bovina obteve maior aceitação. Os teores de lipídios e proteínas dos hambúrgueres encontram -se dentre os valores exigidos pela legislação. O hambúrguer misto seria uma alternativa para a industrialização e comercialização, pois agregado com a carne bovina o custo se torna mais acessível.
Por Denise Braga Lopes e Denise de Oliveira

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