As apresentações de trabalhos desta quarta-feira, 26, no XV Seminário
Internacional de Letras (Inletras), aconteceram em três salas
do prédio 16 do conjunto III do Centro Universitário Franciscano. Os papers
foram apresentados por acadêmicos, mestrandos, e doutorandos de universidades
de Santa Maria e de fora da cidade.
Os artigos abordaram
todas as formas de comunicação, desde “dicionário gauchesco” até descrição de
análise de do artigo de opinião veiculado ao jornal Zero Hora.
Entre as
pesquisadoras que apresentaram trabalhos hoje, destaca-se, o trabalho da
Damaris Heidi Cristobal Suvderlan, que é de nacionalidade peruana e faz
pesquisa na Universidade Federal de Santa Maria. Damaris fez uma análise dos
sentidos das palavras “desenvolvimento” e “progresso” em notícias oficiais nos
órgãos de desenvolvimento social dos governos peruano e brasileiro.
No trabalho, a
pesquisadora busca compreender o significado de ambas as palavras, e o contexto
em que elas estão inseridas. Ela explica que escolheu apenas essas duas
palavras, e ignorou os seus sinônimos pelo fato de que a pesquisa ficaria muito
extensa, tendo em vista que as palavras “progresso” e desenvolvimento” são as
mais utilizadas. Ao trabalhar a semântica –significado- de processo e
desenvolvimento, a pesquisadora, descobriu que ambos os termos são inseridos
sob óticas diferentes dentro do texto, mas com o mesmo significado.
Outro trabalho que
também chamou a atenção de quem esteve presente, foi o da acadêmica do quarto
semestre do curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria, Gabriela
Eckert Pereira, a estudante fez uma descrição e análise do artigo de opinião
veiculado no jornal Zero Hora, do grupo RBS. Ela se deteve em analisar alguns temas
como: redução maioridade penal, o uso de animais em rituais religiosos. Na
análise a acadêmica buscou verificar que termos foram utilizados para
construção dos argumentos, e de que modo os autores fizeram seus artigos de
opinião. Ela também se utilizou de semântica para analisar os termos utilizados
pelos especialistas em seus discursos.
Uma questão abordada
pela pesquisadora Thainara Petri Rodrigues foi a questão do dialeto gaúcho,
isto é, expressões que usamos para se comunicar em determinada região, mas que
se faladas em alguma outra parte do Rio Grande do Sul troca totalmente o significado.
Thinara então, decidiu fazer um dicionário com alunos do ensino fundamental de
duas escolas de cidades da fronteira do estado, São Borja e Itaqui. Ela conta
que decidiu pegar essas duas cidades pela questão da grande influência da
língua espanhola no dialeto das pessoas: “pegamos palavras que as pessoas
costumam dizer nestas cidades, e avaliamos a origem da mesma, depois disso,
perguntamos para os alunos o significado dos termos apresentados por eles, e construímos
um dicionário”. Conforme Rodrigues, o dicionário ainda não está à venda, mas em
breve será disponibilizado na forma online e impressa.
Por Pedro Corrêa
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