Conforme a Bióloga Eliana Buzelli, especialista em Ecologia e Gestão Ambiental, mestranda em Tecnologia Ambiental, é cada vez mais idealizada, a melhoraria da qualidade de vida dos seres humanos, bem como a busca pela satisfação de gozar de uma boa saúde física e mental no atual e agitado dia-a-dia. Isso fez com que vários temas, até então pouco conhecidos, mudassem de tal forma que os controles ambientais tornaram-se mais exigentes.
A má qualidade do ar interno dos edifícios passou a ser conhecida mundialmente como a “Síndrome do Edifício Doente” (SED), resultado de uma conjunção de fatores que vão desde os problemas no projeto até a má conservação dos dutos, causando dois tipos básicos de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus e protozoários e até mesmo aracnídeos como é o caso dos ácaros e, a química proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de escritório, colas, aumento no nível de dióxido de carbono etc.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas mais comuns são dor de cabeça, irritação nos olhos, nariz ou garganta, náusea, fadiga mental e física, que desaparecem tão logo as pessoas deixam o edifício. A SED é observada em pessoas que passam grande parte do seu tempo dentro de ambientes impróprios, mal ventilados e mal construídos. No Brasil, em vigor desde 25 de outubro de 2000, a Resolução n. 176 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e atualizada em 16 de janeiro de 2003 pela resolução 009, estabeleceu regras para que os sistemas de ar condicionado não se transformem em ameaça permanente às pessoas que freqüentam ambientes climatizados artificialmente.
Conforme a médica otorrinolaringologista, Maria José Coser, o ar não proporciona crescimento microbiano, mas é um potente disseminador. Por conter partículas de poeira e água é capaz de transportar os microorganismos e expô-los em contato com as pessoas. Entretanto, os tipos de germes presentes são determinados por fontes contaminantes, sendo os aparelhos de ar condicionado, na grande maioria dos casos, um maximizador deste processo de contaminação, vários deles não são freqüentemente limpos e monitorados quanto as suas condições assépticas.
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