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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O retrato do jovem da nova geração

Afinal, do que o jovem gosta? A partir de um questionamento semelhante a este que uma pesquisa apresentada este ano no XVIII Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) nacional, constrói uma análise do perfil do jovem universitário e seus gostos culturais.

O trabalho “Pesquisas de Opinião: Hábitos de Consumo Cultural e de Lazer do Jovem Universitário”, de autoria de Vanessa Damasceno, com orientação da professora Laura Jane Vidal, da UFAM (Universidade Federal do Amazonas), mostra um retrato do jovem que integra a geração Y, ligada à tecnologia e à interatividade.

A análise foi feita através de um questionário, composto com 40 questões fechadas e uma aberta. Todos os jovens integram o grupo de 282 alunos matriculados no primeiro semestre de 2010 no curso de comunicação social da UFAM. Destes, foram selecionados 50 estudantes, com base em dois pontos chaves: a faixa etária e a participação no XVIII Semana de Comunicação da Universidade onde foi realizada a pesquisa.

A grande maioria dos participantes só estuda; e, mais de 80%, possuem renda familiar superior à R$ 4.500,00.

A pesquisa traz dados que talvez não assustem uma grande parcela da população, pois a realidade de jovens consumidores e midiatizados está presente nas notícias diárias. O dado mais relevante encontra-se nas perguntas relacionadas às atividades realizadas sem interação direta: 70% dos jovens respondem que navegam sempre na internet, 58% lêem livros e, os que assistem sempre TV e DVD, ficam entre 50% e 38%, respectivamente.

Os dados relacionados ao hábito de ir ao cinema, ao teatro, à prática de esportes alternativos e radicais ou à de fazer exercícios físicos não chegam a 38% dos participantes. Frente a estas informações, Laura recomenda à UFAM a criação de uma programação cultural anual, envolvendo os departamentos de Comunicação Social, Artes Plásticas, Música e Letras.

“A universidade é o espaço ideal para a união da educação formal e informal”, afirma a autora, que acredita ser importante entender o contexto do consumo jovem, a fim de aproximá-los do cinema, da literatura, da música, do teatro e das artes em geral.



Por Emanuelle Bueno

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