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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

HPV: o problema não é só delas

Hoje em dia, proteger-se para evitar doenças sexualmente transmissíveis não é o suficiente. É preciso informação, e muita. Entre as mulheres o HPV é bem conhecido. Suas causas, tratamentos e consequências são preocupantes, pois sempre estiveram associados ao câncer de colo de útero. O exame papanicolau, que deve ser feito anualmente pelas mulheres que já iniciaram a vida sexual, acusa ou não a existência do Papiloma Vírus Humano.

No entanto, esse vírus quase imperceptível, pode atingir os homens. A desinformação de que o HPV só atinge as mulheres, acaba, muitas vezes, não preocupando os homens. Neles, a contaminação também é por meio da prática sexual sem proteção, ou pelo sexo oral. E apesar da camisinha reduzir bastante os riscos de contaminação, o vírus pode ser contraído sem penetração, pois localiza-se também nas coxas e nos testículos. Os sintomas externos podem ser mais facilmente notados, devido a anatomia do órgão sexual. Os mais comuns são verrugas que surgem no pênis. Também podem se instalar nas cordas vocais e provocar o aparecimento de papilomas que causam um quadro de rouquidão progressiva exigindo, às vezes, intervenção cirúrgica para a sua retirada.

Alguns tipos de HPV de alto risco, também causam câncer, como os de pênis e de ânus. Quando a doença é percebida, deve-se procurar um médico imediatamente, para evitar que ela se espalhe.“As verrugas podem ser eliminadas por procedimentos de cauterização ou com medicamentos. É muito importante identificar o tipo do vírus por meio de exames específicos, pois no caso de vírus carcinogênicos, é essencial que o paciente tenha acompanhamento constante de um médico especializado, para controlar a doença”, afirma o urologista Sérgio Dornelles, que há 10 anos trata casos de HPV.

Em casos de câncer, o tratamento pode ser feito por meio de radioterapia ou quimioterapia, mas, geralmente o procedimento adotado é a cirurgia.

Nos homens, o percentual de contaminação é maior do que nas mulheres, embora ocorram de forma mais assintomática. As doenças podem se desenvolver também na bexiga, na próstata e nas mucosas da boca, sem que a pessoa perceba.

Acredita-se que cerca de 50% da po­pu­la­ção se­xual­men­te ativa em algum mo­men­to da vida cruza com o HPV. Por isso, o cuidado, a prevenção e a informação são importantíssimos para evitar a doença ou que ela se desenvolva.


Tipos e vacinas

Os papilomas vírus humanos, são vírus da família Papovaviridae, que possui mais de 200 subtipos diferentes identificados até hoje. Os subtipos 6 e 11 são encontrados na maioria das verrugas genitais. Os subtipos 16, 18, 31, 33, 45 e 58, são considerados de alto risco e estão associados a tumores malignos. As vacinas existentes são contras os tipos 6, 11, 16,18 e podem ser compradas em clínicas particulares. O preço varia entre 120 e 500 reais.





Rafael Miranda

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