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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Verba do PAC pode melhorar qualidade de vida

A rua João Leonel Teixeira é a principal via de acesso à Vila Nossa Senhora Aparecida, que no próximo dia 20 de setembro completa 41 anos de existência. Contudo, não existem muitos motivos para os moradores festejarem. A falta de saneamento básico, residências em área de risco, falta de água potável para alguns moradores e segurança são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores.

É comum ver em toda a extensão da rua principal (como é chamada pelos moradores) o esgoto proveniente das casas que possuem apenas buracos negros que desembocam na rua e nas encostas dos barrancos junto às outras casas localizadas em área de risco.

Segundo Adelmo Mendes, um dos primeiros moradores, 59 anos, aposentado, existem 80 famílias no local, mas nem todas possuem água encanada em casa. “A Corsan quer colocar água, mas a Prefeitura não. Diz que é uma área de risco e que pode ser desocupada a qualquer hora”, afirma Adelmo. Esse impasse levou alguns moradores a fazerem “gatos” com a água dos vizinhos para que pudessem ter água em casa.

O lixo também foi por muito tempo uma das questões cruciais , pois não havia coleta de lixo no local. Até que Vanderlei Benedito Mendes, morador da Nossa Senhora Aparecida, foi contratado pela PRT em 1999 para recolher o lixo das casas todas as segundas, quartas e sextas-feiras com a sua carroça e depositar num tonel na entrada da Vila para o caminhão fazer a coleta.Segundo Adelmo, a Nossa Senhora Aparecida está em terceiro lugar na lista de espera dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Enquanto essas verbas não chegam, continuam os problemas e as condições sub-humanas de muitos moradores do bairro.
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terça-feira, 13 de maio de 2008

Ocupação irregular compromete córregos

Isolado e sem uma infra-estrutura de moradia capaz de dar condições necessárias para um desenvolvimento humano e social, a invasão do Km 3 é apenas uma das área de Santa Maria que não apresentam boas condições de saneamento básico para os seus moradores.

Localizado na região leste da cidade, a invasão é separada dos outros bairros pelos muros da Santa Fé vagões de um lado, e árvores da região da serra do outro. Uma exclusão não somente territorial, mas também de infra-estrutura. O local tem acessos precários, onde o caminho por trilhas no meio do mato é um dos trajetos mais rápidos para se chegar.

A região é habitada por catadores que utilizam os materiais reciclados para retirar o seu sustento. É o caso da moradora Maria Conceição, de 52 anos e que vive no local há apenas um ano. –“Como aqui somos todos pobres, sem renda, somos obrigados a trabalhar com o lixo dos outros para ganhar o nosso dinheirinho.”

Segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a invasão não possui rede de esgoto, apenas mangueiras improvisadas a céu aberto que levam água até as residências. Para a Corsan, como o local é uma área irregular, não há nenhum projeto de melhorias no saneamento básico do local.

A invasão do Km 3 é uma área da prefeitura e sem regularização, o que torna difícil a implantação de sistemas de melhoramentos. Segundo Marian Moro, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade, há um projeto de construção de casas, porém, existem leis estaduais de preservação ambiental, apoiados pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que barram as obras.

Apesar de não ser possível a regularização do local, muitos moradores têm a esperança de que isso se reverta. –“Sei que aqui não é o melhor lugar para morar, mas espero que algum dia seja regularizado”. explica o catador Carlos Schwetz, 38 anos.
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segunda-feira, 12 de maio de 2008

Córregos poluídos próximos ao centro de Santa Maria

Biólogo conversa com o Blog sobre os problemas das sangas junto à residências e perto do centro da cidade.
O problema de saneamento básico está presente de muitas formas na cidade de Santa Maria. Um deles são as sangas poluídas próximas às residências e ao centro da cidade. Como surge essa deficiência nas cidades, quais os riscos e quais seriam as soluções, são os pontos conversados com o biólogo e mestre João Pedro Arzivenko Gesing.

Noticiência: Em Santa Maria, como tu sabes, existem sangas que estão a céu aberto, próximo ou localizados no centro da cidade. Por que esse problema?
João Pedro: O problema é justamente o saneamento básico. O esgoto doméstico deveria ser armazenado em fossas e sumidouros, ou então conduzido para uma rede fechada de esgotamento público, sendo conduzida para alguma estação de tratamento, mas como as nossas cidades cresceram de maneira desorganizada, os esgotos são jogados irregularmente em corpos d’água.
Se todo esgoto fosse tratado, ou conduzido de maneira eficiente (sistema fechado) teríamos córregos limpos mesmo dentro das cidades.

Noticiência: E as leis para fiscalização disto?
João Pedro: O descumprimento da legislação quanto a ocupação urbana é outro problema, já que a faixa de APP (área de preservação permanente) é de 30m para cada lado do córrego, ou seja, é uma área "não edificável" que deveria ser preservada apenas como área verde ou lazer. O que vemos é a ocupação irregular nessas áreas, e como os córregos funcionam como esgotos, acabam sendo canalizados. Daí que temos um problema grave, pois são várias as leis ambientais infringidas de uma só vez. O Parque Itaimbé, por exemplo, passava um córrego por ali, e foi canalizado. Pela legislação o córrego deveria existir até hoje. Todas extensões de córregos deveriam ser preservadas, pois são APPs.

Noticiência: E quais os riscos de ter as sangas poluídas e de mau cheiro próximas às residências?
João Pedro: Bom, aí são problemas, principalmente, sanitários, porque o mau cheiro está relacionado com o excesso de matéria orgânica (restos de alimento, fezes, etc..). E onde existe matéria orgânica de sobra, existem organismos se alimentando dela, sejam ratos, baratas ou outro vetores de doenças. Ou seja, um problema ambiental acaba se tornando um problema social e de saúde.

Noticiência: E o que os moradores devem fazer me relação a essas sangas próximas as residências? Procurar Corsan ou Prefeitura?
João Pedro: A obrigação é da prefeitura, que ou tem corpo técnico, ou contrata uma empresa através de licitação. A Corsan é estadual, mas em várias cidades é contratada para resolver os problemas locais. Mas, na verdade são medidas mitigatórias. O problema é anterior, ou seja, a ocupação irregular e despejo irregular de esgoto em corpos d’água naturais. Se a legislação ambiental fosse respeitada, não haveria esses problemas sociais e de saúde.

Noticiência: Esse fato ocorre mais em construções civis ou de empresas? E quando uma construção está em andamento, não deveria haver uma fiscalização quanto a isso?
João Pedro: Nesses casos é problema das moradias mesmo.
A fiscalização ocorre no momento em que a prefeitura aprova ou não uma planta da residência que vai ser construída. O que acontece é que a maioria das casas da população de baixa renda é construída de maneira irregular, sem planta, e, muitas vezes, invadindo terrenos que não lhes pertence. As empresas maiores tem que passar, obrigatoriamente, pelo licenciamento ambiental, e esse documento é bem rigoroso, por isso elas não são as principais responsáveis em áreas urbanas, mas sim, o esgotamento doméstico

Noticiência: E o cidadão comum que se sente incomodado por morar próximo a sangas desse tipo, procura a prefeitura, então, para tentar resolver o caso.
João Pedro: Bom, ai a prefeitura tem parte da culpa, porque não fiscalizou, e deixou a situação chegar nesse ponto. É obrigação da prefeitura elaborar um projeto, seja de recuperação ambiental, ou de canalização, formando sistema misto (esgoto + corrego), porém com medida compensatória ambiental, e o estado é quem avalia o projeto, pela Fepan.
Parte da culpa é da prefeitura, que não elaborou projeto de ocupação, e/ou não fiscalizou. E parte é dos próprios moradores, que construíram suas residências em locais impróprios, ou de forma irregular, além de não possuírem sistema adequado de esgotamento e largando diretamente nos córregos.

Nícholas Fonseca

Saneamento básico garantido pelo PAC

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Santa Maria vai implementar obras de drenagem, canalização de esgoto pluvial e pavimentação. O PAC deve investir R$ 138,6 milhões na cidade, principalmente em obras de habitação e saneamento básico para atender as famílias residentes em áreas de risco.

O programa vai atuar nos setores de regularização fundiária, pavimentação primária e asfáltica, arborização, micro e macro-drenagem, esgoto cloacal, além do trabalho social para as famílias, em parceria com as associações comunitárias. Segundo o médico infectologista Francisco Almeida, "a maioria das internações nos hospitais públicos são decorrente de doenças provocadas por água contaminada . Isso se deve a má qualidade nas habitações e o sistema de controle do saneamento básico no país."

É o caso do bairro Nova Santa Marta. Está em construção uma rede de esgoto cloacal para o escoamento da água de tanques de roupas, pias de cozinha, com a de banheiros e descargas sanitárias. A moradora Cleria Duarte Nascimento ressalta “espero que a nossa situação se resolva. A comunidade esperou por muitos anos esta ajuda”.

REGIÕES BENEFICIADAS COM A AMPLIAÇÃO DA REDE DE ESGOTOS
Vila Lorenzi – 5 km
Vila Oliveira – 9,8 km
Km 2 – 7,3 km
Lídia e Arco-Íris – 7,1 km
Rigão e Caramelo – 32,8 km
Renascença – 340 metros
Cerro Azul – 2,2 km

terça-feira, 6 de maio de 2008

Saneamento básico no Brasil é precário

O Brasil ainda não cumpriu uma tarefa fundamental: garantir saneamento básico à sua população. Hoje, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 53% dos brasileiros não têm acesso à rede geral de esgoto, o que acarreta uma série de doenças e joga para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro. Para mudar este panorama, o País teria que investir, anualmente (ao longo de 20 anos), R$ 11 bilhões. No ano passado, destinou à área somente R$ 500 milhões.

O Brasil teria que investir, de acordo o estudo, cerca de 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB) para fazer frente às necessidades. Hoje, gasta pouco mais de 0,20%. Na velocidade atual, levaria 56 anos para reduzir à metade o déficit.

No Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), há a previsão de investimentos anuais de R$ 10 bilhões, mas só nos próximos quatro anos.

FONTE: Ministério do Meio Ambiente

Vírus mata 22 crianças na China

Um vírus que atinge o intestino já matou 22 crianças e contaminou mais 3.600 no leste da China. A maioria tinha menos de dois anos de idade.
O primeiro sintoma da chamada mão-pé-boca(DMPB) é a febre, seguida por úlceras na boca e bolhas nas mãos, pés e nádegas.
A maioria dos atingidos acaba se recuperando em uma semana, sem um tratamento específico. Porém, em casos graves, quando o vírus atinge o cérebro, pode levar a paralisia ou até a morte.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) alertou sobre o fato da enfermidade se proliferar mais facilmente entre as crianças no verão e recomendou o fechamento de creches e escolas em toda região de Fuyang, até que a epidemia seja controlada.
Mais de 970 crianças estão hospitalizadas em nesta região, das quais 48 em estado grave. Há outros 340 registros na província vizinha de Hubei.

Mais informações

Alerta permanente contra a dengue

A dengue é epidemia em algumas cidades do Brasil, e a mais atingida é a cidade do Rio de Janeiro. A população do país atenta, querendo saber mais sobre a doença, o mosquito, e se o governo está preparado para atender a situações de risco. Em Santa Maria não há nenhum registro de foco de dengue, ou de pessoas infectadas na região.
De acordo com a Vigilância Sanitária do município, os casos de dengue na cidade foram de pessoas que se contaminaram em outros lugares, os chamados “casos importados”.A diretora da Vigilância em Saúde, Elianir Brondani, afirma contar com 19 agentes diretos em campanhas da dengue durante o ano inteiro, do coordenador de campo da dengue, Antônio Adilson Cutti, e pelo coordenador técnico Ivan Xavier.
A principal arma contra o mosquito é a harmonia do meio ambiente, de acordo Xavier, que é biólogo e acredita que as campanhas na mídia devem ser focadas no comportamento da espécie, Aedes Aegypti (mosquito da dengue): “As pessoas precisam entender que são elas que dão as condições favoráveis para a proliferação do mosquito. Não é ele o culpado”.

AS ARMADILHAS - A equipe de combate à dengue, para controlar os possíveis focos do mosquito, tem instalado hoje 283 armadilhas em 290 pontos estratégicos. As armadilhas são visitadas semanalmente e os pontos, quinzenalmente. Eles estão espalhados em diversos pontos da cidade, concentrando-se na região da rodoviária e nas principais rodovias de acesso, as BRs 158 e 392.
O objetivo é identificar os focos. Elianir expõe os procedimentos que serão tomados caso for identificado a presença de mosquito infectado na cidade. O primeiro passo é recolher amostras e levar para a Vigilância Sanitária que possui um mini laboratório de análise da dengue. “Esse é o nosso diferencial”, destaca a diretora.A segunda atitude é fazer uma varredura, de aproximadamente 300 metros do foco encontrado, um trabalho que, segundo Cutti precisa da colaboração da população.
Ele acredita que as pessoas ainda não têm a percepção que a dengue pode se proliferar nas suas casas. “As pessoas precisam entender que não iremos multar ninguém. É um serviço de prevenção e de educação. Se há focos, precisamos identificar o quanto antes”, ressalta Cutti.
EDUCAR É A CHAVE - Os integrantes da equipe de combate a dengue trabalham há anos com doenças transmitidas por mosquitos. Antônio Cutti que tem mais de 20 anos de experiência afirma que somente a conscientização do quanto o problema afeta a vida das pessoas vai promover mudanças significativas de comportamento. “Primeiro, precisam verificar as calhas, os baldes, as plantas, qualquer mínimo lugar que pare água. Depois, colaborar com os agentes sanitaristas” enfatiza Cutti.
Para conscientizar, a Vigilância Sanitária realiza palestras nas escolas e comunidades, conforme solicitação e também fazem esclarecimentos em rádios comunitárias. Outro trabalho importante utiliza a teatralização sobre o mosquito e a transmissão da doença. Segundo Ivan Xavier, o projeto é realizado fora de horário de trabalho pelos agentes. “A peça tem os personagens do programa do Chaves. Apresentamos para as crianças até a 6ª série”, conta Xavier.

Santa Maria não corre risco de epidemia de dengue, diz diretora

Apesar de registros da descoberta de larva do mosquito da dengue em Santa Maria, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça que a cidade está fora de perigo. Essa estimativa se dá pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde novembro do ano passado, em que 280 armadilhas foram instaladas pela Vigilância Sanitária em comunidades da região. Confira a entrevista com a Diretora Geral da Secretaria de Saúde, Ilse Mello.

Noticiencia- Que parecer a senhora dá sobre a situação da dengue em Santa Maria? A dengue na cidade está sob controle?
Nós podemos dizer que a situação da dengue está sob controle sim. Porque já faz seis anos que nós temos uma equipe de agentes da dengue, formada por 19 pessoas da secretaria, mais sete agentes da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), que fazem o serviço diário de prevenção. Consiste em inspeção das armadilhas que são colocadas, orientações para a população e funcionários de postos de saúde. Inclusive nós temos um trabalho efetivo junto às escolas, em que os próprios agentes fazem teatro para os alunos, para esclarecimentos. É um trabalho contínuo e permanente.

N – Especificamente na Secretaria de Saúde, existem materiais de divulgação que alertem a população em relação à prevenção da dengue?
Na sede da Secretaria não. Mas temos em todas as Unidades de Saúde, em Postos de Saúde da Família (PSF) e também são distribuídos folderes para a comunidade.

N -Afora toda a fiscalização que a Vigilância Sanitária faz no combate à dengue, quais os outros órgãos ou setores da Prefeitura que estão engajados nessa campanha?
Nós tivemos reuniões para orientação com o pessoal da Secretaria de Obras, que fazem todo um serviço no interior e na própria cidade. Além disso, participamos de uma reunião com a Defesa Civil do município, que congrega várias entidades, instituições e fizemos toda a orientação e pedimos ajuda. Também fizemos uma reunião com a UAC (União Associações Comunitárias), onde foram dadas explicações de como os presidentes das associações, nas suas comunidades, poderiam nos ajudar. Porque a questão da dengue não é só da Secretaria de Saúde, e sim da comunidade como um todo. Se cada um não cuidar do seu pátio, do seu local, nós teremos problemas. Essa conscientização é essencial. Nós também fizemos explanações no Conselho Municipal de Saúde (CMS), para os mais de 100 agentes comunitários e na Pastoral, que nos auxilia.

N - Qual a sua recomendação aos santa-marienses para se prevenirem e não deixarem proliferar o foco da dengue, para que a epidemia não atinja nossa cidade?
É preciso que a população se conscientize que ela tem de fazer a sua parte também. Esse é um trabalho que tem de ser feito em conjunto. Porque os agentes da dengue reclamam que às vezes as pessoas não deixam eles entrarem em suas casas para fiscalizar. Então elas devem receber os agentes, pois são todos identificados e habilitados para isso. E se cada um cuidar do seu espaço, não deixar água parada e conversar com seus vizinhos, com a sua comunidade, será importante. Esse é um trabalho feito em coletividade, caso contrário não teremos sucesso.

Pequeno grande vilão

Um mosquito aparentemente indefeso fez um país inteiro entrar em pânico. E para quem pensa que o Aedes aegypti (nome científico para o mosquito transmissor da dengue) é coisa da modernidade, vale a pena voltar no tempo.

Ele chegou à América do Sul através dos navios negreiros vindos da África, ainda no período colonial. Diz a lenda que, como muitos destes navios perdiam parte de sua tripulação por conta da doença, ficavam vagando pelos mares e ganharam o apelido de navios-fantasmas. O Aedes Aegypti é também responsável por transmitir a febre amarela, doença comum no norte do Brasil.

O pequeno mosquito (mede menos de um centímetro) costuma picar nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. Um detalhe interessante é que ele não ataca embaixo do sol forte nem à noite, salvo alguns casos. O indivíduo não percebe que foi picado, pois não há sintomas como coceira ou dor após o contato com o mosquito. Poucos sabem serem as fêmeas do Aedes as responsáveis pela transmissão da dengue. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre nela um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus. Ou seja: nem todo mosquito pode ser um transmissor da doença.

SINTOMAS DE VIROSE - O tipo mais comum da dengue apresenta sintomas típicos de uma virose que se iniciam de maneira súbita: febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor nas costas. Logo após esse estágio, começam a surgir pequenas manchas vermelhas pelo corpo. Já o tipo mais temido, a dengue hemorrágica, apresenta os mesmo sintomas, mas após o quinto diada doença a pessoa passa a apresentar sangramento e convulsões. A dengue hemorrágica é a responsável pela maioria das mortes que ocorreram no país.

TESTE DO LAÇO -Ao detectar alguma suspeita de dengue, o melhor a fazer é procurar um posto de saúde. Com a epidemia que assola o Brasil, médicos estão aplicando o teste do laço em qualquer paciente que apresente sintomas da doença. O teste é simples: desenha-se um quadrado de 2 centímetros quadrados no braço do paciente e mede-se a pressão. Após alguns minutos, observa-se o quadrado: se houver mais de 20 pontos vermelhos dentro dele, o diagnóstico de dengue é positivo.

Para saber mais
Por Bianca Zasso